Um morador do município de Vila Bela da Santíssima Trindade, distante 562 km de Cuiabá, morreu após ser atacado por um enxame de abelhas na praça central da cidade, nesta segunda-feira (6). A vítima, de 48 anos, estava bebendo cerveja com outras pessoas no local e não conseguiu escapar a tempo do ataque.
Enquanto muitas pessoas corriam das abelhas, o morador acabou caindo no chão da praça e o seu corpo foi praticamente coberto pelo enxame. De acordo com o médico Sérgio Maekawa, que atendeu a vítima, o morador morreu após sofrer mais de três mil picadas de abelhas. Alguns pedestres que transitavam pela calçada também foram picados mas conseguiram se esconder em lojas e estabelecimentos da região. O fato ocorreu por volta das 11h.
O sargento da Polícia Militar Sidney Eduardo Lobo contou ao G1 que uma equipe da Força Tática se deslocou até o local para fazer o resgate da vítima, mas devido à grande quantidade de abelhas foi necessário a colaboração do Corpo de Bombeiros da cidade de Pontes e Lacerda, distante 75 km de Vila Bela. Porém, por conta da distância, os policiais decidiram não aguardar o reforço dos bombeiros e tiveram que buscar um equipamento e vestimentas apropriadas para o resgate na própria cidade. ?Nós não temos bombeiros na cidade e o mais próximo é em Pontes e Lacerda. Um morador daqui tinha roupa adequada e fumigador, que foi usado pelos policiais no resgate?, relatou o sargento.
Após isso, a vítima foi encaminhada para o Hospital Evangélico de Vila Bela da Santíssima Trindade, entretanto, já chegou à unidade hospitalar sem vida. O médico Sérgio Maekawa pontuou que o morador sofreu parada cardiorrespiratória e foi reanimado. Contudo, acabou morrendo em decorrência de choque anafilático devido à quantidade das picadas por todo o corpo. Segundo consta do boletim de ocorrência, o homem trabalhava em uma fazenda na região e teria ido até o Centro do município na manhã desta segunda.
Os policiais não souberam informar o que teria levado as abelhas a atacarem as vítimas. A colmeia está na lateral de uma igreja católica e, segundo o investigador Fausto Juliano Moura, acredita-se que alguém tenha provocado as abelhas. A área foi isolada após o caso.