A quatorze anos Evandro Abreu fez uma cirurgia ortopédica no HGV por conta de um acidente de trânsito. Segundo ele, no mesmo hospital contraiu uma bactéria que gerou uma doença denominada osteomielite crônica.
A cura para essa doença só pode acontecer após um procedimento cirúrgico e até que este seja realizado a vida dele se resume a aposentadoria; o rapaz está impossibilitado de fazer esforço físico e ainda tem que trocar o curativo da perna 8 vezes por dia.
A situação e tão delicada que até o remédio que ele toma por nome ciroflox gerou uma úlcera nele.
?Esse remédio é muito forte e ele causou uma gastrite em mim que depois virou úlcera e estourou no ano passado, dei entrada no HUT praticamente morto, só escapei pela misericórdia de Deus mesmo?- disse Evandro.
A lesão em sua perna inflama, liberando uma secreção que emite um odor desagradável; além de prejudicar sua coluna vertebral.
Por conta da necessidade, Evandro vez por outra trabalha como operador de máquinas, o que lhe prejudica muito, pois o uso da embreagem força sua perna que fica bastante inchada.
Evandro procurou o Hospital Getúlio Vargas para realizar a cirurgia que tanto necessita, mas ele está na fila de espera a anos. Para realizar a cirurgia em uma clínica particular ele teria de arcar com uma despesa de no mínimo 30 mil reais, muito dinheiro para quem tem poucos recursos.
?Eles dizem que tem que aguardar a fila andar e a fila não anda, minha senha é a 248, e já fazem 3 anos que espero...se já tivesse feito a cirurgia eu estaria trabalhando a tempos?- finalizou.
O caso de Evandro não é o único, centenas de pessoas aguardam cirurgia no Hospital, o setor de ortopedia é o que apresenta situação mais delicada, são cerca de 2.900 pessoas a espera de novas cirurgias.