Homem cai de tobogã de cerca de sete metros de altura em parque aquático

Homem sofre fraturas múltiplas após cair de tobogã no Itaipuland Park, no Paraná.

Thyago sofreu acidente, em fevereiro, no Itaipuland Park.   | Reprodução/RPC Thyago sofreu acidente, em fevereiro, no Itaipuland Park. | Foto: Reprodução/RPC
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Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos, vive uma recuperação difícil após sofrer fraturas em cinco locais diferentes do corpo. O acidente ocorreu em fevereiro, no Itaipuland Park, localizado em Itaipulândia, no oeste do Paraná, quando ele caiu de uma altura de cerca de sete metros ao descer um toboágua.

QUEDA GRAVE

Thyago estava no parque aquático acompanhado de sua filha, namorada e enteadas, quando decidiu descer o toboágua. No início de sua descida, ele foi lançado para fora da estrutura e caiu de uma altura considerável. 

Devido à gravidade do acidente, Thyago precisou ser internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e passou por pelo menos três cirurgias. Ele sofreu fraturas na pelve, coluna, sacro e cóccix e está em processo de reabilitação.

ACIDENTE E FALTA DE SUPORTE ADEQUADO

De acordo com o empresário, outras pessoas haviam utilizado o brinquedo antes dele e ele seguiu as orientações dos instrutores do parque. Thyago relata que, ao iniciar a descida, percebeu que estava subindo demais na borda do toboágua. Quando se deu conta, já estava no chão, gritando de dor.

Após a queda, Thyago aguardou cerca de 40 minutos até a chegada da ambulância, que o transportou para um hospital local. No entanto, devido à gravidade dos ferimentos, foi necessário transferi-lo para Foz do Iguaçu e depois para Cascavel, ambas cidades no oeste do Paraná.

"Me colocaram na maca e percebi que não eram profissionais da saúde, quase me derrubaram várias vezes. A salinha onde fiquei era inadequada, sem estrutura e nenhum médico permaneceu comigo", relata Thyago.

OUTROS ACIDENTES

Esse não foi o primeiro acidente no Itaipuland Park. Em janeiro de 2023, Rafael Setti também sofreu um acidente no mesmo toboágua, com fraturas menos graves que as de Thyago, mas necessitando de tratamento. Rafael também criticou o atendimento recebido no parque no momento do acidente.

"Caí de uma altura muito grande, me tiraram da água sem seguir protocolo adequado. Um médico que estava por lá sugeriu o uso de uma cadeira de rodas, mas não foi dessa forma que fui tratado", contou Rafael, em reportagem do g1. 

Rafael, assim como Thyago, mencionou que o parque se recusou a chamar uma ambulância para o seu atendimento.

REABILITAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE THYAGO

Atualmente, Thyago está em processo de recuperação e otimista com os prognósticos mais positivos. "O médico de Foz do Iguaçu me disse que vou ficar com sequelas e mal conseguirei andar, mas o médico de Cascavel é mais otimista e acredita que não haverá mudanças significativas na minha vida", afirma Thyago.

POSICIONAMENTO DO ITAIPULAND PARK

Quando questionado sobre os acidentes, o Itaipuland Park se pronunciou, informando que uma equipe de socorristas seguiu os protocolos de primeiros socorros imediatamente após o acidente de Thyago. O parque também ressaltou que possui um engenheiro interno responsável pelas vistorias periódicas nas atrações, visando a segurança dos visitantes, que é uma "prioridade inegociável".

Apesar disso, Thyago afirmou que a equipe do parque só entrou em contato com ele na última quarta-feira (12), após a RPC procurar esclarecimentos sobre os acidentes.

Até o momento, o Itaipuland Park não informou se o toboágua foi interditado ou se serão feitas reformas para garantir a segurança dos frequentadores.

POSICIONAMENTO DAS AUTORIDADES

A Prefeitura de Itaipulândia informou à RPC que é responsabilidade da empresa obter os laudos e liberações necessárias para o funcionamento do parque. O Corpo de Bombeiros da cidade, por sua vez, afirmou que fiscaliza as saídas de emergência e a segurança contra incêndios, além de garantir que os licenciamentos estejam em dia. Os brinquedos do parque são atestados pelo engenheiro responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), responsável por fiscalizar obras e serviços na área, afirmou não ter conhecimento dos acidentes ocorridos, mas destacou que fiscalizações são realizadas durante e após a construção dos brinquedos.

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