O Hospital Getúlio Vargas (HGV) vai realizar o I Mutirão de Doença de Parkinson, dia 16 de abril, no Ambulatório Integrado. As pessoas interessadas podem fazer o agendamento no próprio ambulatório no dia do mutirão. A meta é realizar 96 atendimentos durante a ação. Para o coordenador do mutirão, o neurologista Francisco Alencar, serão realizados diagnósticos pela avaliação clínica, baseado na história do paciente e nos sinais encontrados durante o exame neurológico.
Para Francisco Alencar, o Parkinson é uma doença neurológica lentamente progressiva, que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. “A Doença de Parkinson é devida à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente”, explica o neurologista.
Ele solicita que as pessoas que apresentarem alguns desses sintomas devem comparecer ao Ambulatório Integrado (Prédio Azul), no dia do mutirão, com documentos de identificação (RG e/ou CPF) e cartão do SUS.
Alencar explica que a doença de Parkinson é a segunda doença neurológica crônica mais frequente, ficando atrás apenas da famosa doença de Alzheimer. O número de pessoas acometidas pela doença é crescente com o envelhecimento da população, podendo ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos, sendo mais frequentemente diagnosticada entre 50 e 70 anos e com ligeira predileção para o sexo masculino (3 homens para cada 2 mulheres). “Estima-se ainda que cerca de 10% dos casos ocorram em pessoas abaixo dos 40 anos. Em torno de 1% da população acima de 65 anos tem doença de Parkinson”, afirma o médico.
Tratamento
Segundo o neurologista, não existe cura para a doença. “Trata-se de um transtorno crônico e lentamente progressivo. A evolução varia muito de caso a caso, existem alguns que evoluem em poucos anos e outros com evolução em décadas. Existem tratamentos, tanto medicamentoso como não medicamentoso, para conter os sintomas, sendo muito efetivos, principalmente nas fases iniciais da doença.
Atualmente, temos diversas opções de medicamentos, que podem ser dados de forma isolada ou em associações. Eles aliviam bastante os sintomas, sem alterar diretamente a evolução (progressão) da doença. A maioria é fornecida gratuitamente pelo SUS”, explica Francisco Alencar.