O Hospital Getúlio Vargas (HGV) vai realizar o II Mutirão de Doença de Parkinson, dia 15 de outubro, no Ambulatório Integrado. As pessoas interessadas podem fazer o agendamento no próprio ambulatório, no dia do mutirão. A meta é realizar 150 atendimentos durante a ação, cujo diagnóstico consiste na avaliação clínica, baseado na história do paciente e nos sinais encontrados durante o exame neurológico.
Para o coordenador do mutirão, o neurologista Francisco Alencar, o paciente não precisa de agendamento prévio. Todos que comparecerem serão atendidos. É importante levar documento, CPF, Cartão do SUS e comprovante de endereço. O mutirão começa às 7 horas da manhã e se estenderá até atender o último paciente. “Além do atendimento neurológico, haverá orientações para os pacientes e familiares sobre reabilitação, risco de quedas e atividades físicas apropriadas”, explica.
O Parkinson é uma doença neurológica lentamente progressiva, que afeta os movimentos da pessoa, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. “A doença de Parkinson é devida à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente”, explica Francisco Alencar.
Segundo ele, a doença de Parkinson é a segunda doença neurológica crônica mais frequente, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. O número de pessoas acometidas é crescente com o envelhecimento da população, podendo ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos, sendo mais frequentemente diagnosticada entre 50 e 70 anos e com ligeira predileção para o sexo masculino (3 homens para cada 2 mulheres). “Estima-se ainda que cerca de 10% dos casos ocorram em pessoas abaixo dos 40 anos. Em torno de 1% da população acima de 65 anos tem doença de Parkinson”, afirma o médico.
Ele solicita que as pessoas que apresentarem alguns desses sintomas devem comparecer ao Ambulatório Integrado (Prédio Azul), no dia do mutirão, com documentos de identificação (RG e/ou CPF) e cartão do SUS.
Participarão também a equipe de reabilitação do CEIR, que juntamente com a fisioterapeuta Érica Tardelli, da Associação Brasileira de Parkinson, com sede em São Paulo, estarão coordenando estas atividades.
Tratamento
Segundo o neurologista, não existe cura para a doença. “Trata-se de um transtorno crônico e lentamente progressivo. A evolução varia muito de caso a caso, existem alguns que evoluem em poucos anos e outros com evolução em décadas. Existem tratamentos, tanto medicamentoso como não medicamentoso, para conter os sintomas, sendo muito efetivos, principalmente nas fases iniciais da doença”.
“Atualmente, temos diversas opções de medicamentos, que podem ser dados de forma isolada ou em associações. Eles aliviam bastante os sintomas, sem alterar diretamente a evolução (progressão) da doença. A maioria é fornecida gratuitamente pelo SUS”, explica Francisco Alencar.