HGV passa manhã e parte da tarde sem hemodiálise

O Piauí atualmente possui 12 clínicas que realizam o processo

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O Piauí atualmente possui 12 clínicas que realizam o processo de hemodiálise. Destas, seis estão em Teresina, onde a principal é o Hospital Getúlio Vargas (HGV). O problema é que na manhã desta segunda-feira (7) o hospital não pôde realizar o procedimento durante a manhã e parte da tarde.Pelo menos 25 pessoas ficaram sem atendimento.

De acordo com Luís Filho, Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Estado do Piauí (Aprepi), a situação é problemática porque os pacientes podem morrer a qualquer momento. “Teve um curto-circuito no prédio, queimou uma bomba e está faltando uma peça. O fornecedor não faz o serviço de reparo porque está com os pagamentos atrasados de manutenção. E nós, da Apref, temos uma preocupação porque o paciente renal não pode passar 48h sem fazer, senão o paciente pode até morrer”, explica.

O procedimento é imprescindível para estes pacientes. “A hemodiálise é um serviço essencial para a saúde de muitas pessoas. O rim filtra o sangue, mas o rim do paciente renal é a máquina. Então é essencial filtrar o sangue para que possamos sobreviver. O excesso de potássio no corpo pode levar a uma parada cardíaca, precisamos eliminar as toxinas”, aponta o presidente da Aprepi.

Mais problemáticas perpassam o problema. “A nossa dificuldade maior é dos pacientes que moram no interior e precisam se deslocar. O tratamento fora do domicílio está atrasado há cinco meses. Temos até uma ação no Ministério Público Estadual e Federal”, relata Luís Filho.

O outro lado

Procurada pela reportagem, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) informa que o atendimento aos pacientes que fazem tratamento de hemodiálise na Clínica Nefrológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) foi normalizado ainda durante a tarde. A paralisação no período da manhã foi por conta de um problema técnico no sistema de tratamento da água utilizada no processo de hemodiálise, que é todo computadorizado.

O problema foi ocasionado por uma pane elétrica em um dos aparelhos de ares-condicionados da recepção da clínica, na noite de domingo (6). O incidente obrigou a uma revisão de toda a rede elétrica do local, quando foi constatado o defeito. Um técnico, então, foi acionado para resolver o problema.

Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) não atendeu aos telefonemas da reportagem durante a tarde desta segunda-feira (7).

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