Grupo que atacou seleção do Togo ameaça realizar mais ações armadas

Capitão da seleção diz que participação na copa voltou a ser cancelada.

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O grupo separatista angolano responsável pelo ataque contra a delegação da seleção de futebol do Togo, deixando três mortos, ameaçou neste domingo (10) realizar novas ações violentas contra a Copa Africana das Nações. Em entrevista à agência de notícias France Presse, Rodrigues Mingas, responsável pelo grupo, disse que ataques são contra a realização de partidas da competição na região de Cabinda.

"Isto vai continuar porque a nação está em guerra", disse. "As armas continuarão falando." A declaração foi feita dois dias após o ataque de sexta-feira (8) do grupo separatista Forças de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) contra o ônibus que viajava a delegação de futebol para disputar o campeonato. Volta para casa Enquanto isso, continua incerta a participação da seleção do Togo no torneio, que continua confirmado para acontecer em Angola.

Depois de jogadores haverem confirmado a participação, o premiê do país disse que o time deveria cancelar seus jogos e o capitão da equipe, Emmanuel Adebayor, disse que os jogadores iam voltar para casa sem jogar na Copa das Nações Africanas. Segundo ele, os jogadores haviam decidido jogar como homenagem aos mortos. "Infelizmente o chefe de estado e as autoridades do país tomaram uma decisão diferente, então vamos fazer as malas e voltar para casa", disse.

O primeiro-ministro do togo, Gilbert Houngbo, se declarou contra a decisão de jogadores da seleção de futebol do seu país e disse que o grupo deveria voltar para casa. "Se um time ou algumas pessoas se apresentarem sob a bandeira togolesa, vai ser uma falsa representação", disse o premiê. No ataque, o assessor de imprensa do time, o auxiliar técnico e o motorista do veículo morreram.

Mais cedo, a equipe de futebol do Togo decidiu jogar na Copa Africana de Nações, segundo jogadores. A equipe chegou a declarar que abandonaria o torneio, mas o meio-campista, Alaixys Romao, afirmou ao jornal francês "L"Equipe", no fim da noite de sábado (9), que o time concordou em permanecer na Copa e vai ficar na província angolana de Cabinda para o primeiro jogo da equipe do Grupo B contra Gana, na próxima segunda-feira (11).

"A decisão foi tomada por unanimidade", disse Romão. Além das três mortes já foram confirmadas, o goleiro Kodjovi Obilalé, que atua pelo GSI Pontivy (FRA), sofreu uma lesão neurológica e ficará internado sob tratamento intensivo. O jogador corre o risco de ficar paraplégico.

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