A crise gerada pela pandemia do coronavírus mostra o impacto da desigualdade social principalmente naqueles que dependem do trabalho informal e demais que vivem em situação de rua. Além disso, essa questão também reacende a importância das instituições beneficentes que prezam pelo bem-estar comum.
Enquanto a ajuda governamental não chega, grupos que sempre contribuíram para suprir as necessidades da população em situação de miséria sentem o crescimento na demanda de ações e o protagonismo social que carregam diante de crianças sem merenda escolar e pais sem renda diária.
O Instituto Espírita Casa de Mãe Maria há 3 anos presta ações de solidariedade na Vila Uruguai, zona Leste de Teresina. Todo sábado, voluntários distribuem oito tachos de sopa, que correspondem a 280 litros, aos mais pobres. Essa ação também se expande: o alimento sai em caravana até a Vila Samaritano, no Bairro Satélite.
Amanda Patrícia, voluntária e coordenadora responsável pelos projetos sociais da Casa, relata um aumento da demanda de iniciativas que tentam matar a fome da população. A Casa atende 100 crianças, todas incluídas em mais de dois projetos sociais.
“Isso já bate na nossa porta, já era de costume, mas isso está se intensificando um pouco. As 100 crianças totalizam 66 famílias, mas nós não atendemos somente elas, atendemos também outras famílias da comunidade, um total de 100”, disse Amanda.
Agora, além da sopa, os voluntários precisam garantir mais itens da cesta básica, para que não falte feijão, arroz e proteína nas refeições dos mais pobres.
“A gente sempre tem cestas a mais, pois durante a sopa, alguém pede. Também durante essa quarentena pensamos nos moradores de rua e essa intenção provavelmente vai continuar”, frisa.
A distribuição de alimentos também acontece nas praças, Centro e vilas próximas. Além da comida, a higiene também foi pensada. Na quinta-feira (26), os 66 kits ganharam materiais para limpeza básica como papel higiênico, sabonete e detergente.
"Todos os voluntários da Casa de Mãe Maria estão se revezando aos sábados para atender a população e estão tomando os cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde para a não propagação do Covid-19", conta Amanda Patrícia.
A voluntária garante que o período vai ser repleto e de iniciativas a quem precisa. "Quanto mais a gente consegue alimentar, mais precisamos de pessoas com o coração solidário para ajudar aqueles que precisam. O que não falta são bocas para serem alimentadas”, fala.
Para ajudar sem sair de casa, basta depositar na Conta Poupança Banco do Brasil Agência 3178-X, Conta 43821-9, Variação 51 - Matheus Marques; ou na Conta Poupança Caixa: Agência. 3389, Operação 013, conta 40093-5 - Amanda Patrícia.