Mais de 3 mil agricultores de todos os municípios do Estado vão ?invadir?, amanhã (25), as ruas e avenidas de Teresina no ?Grito da Terra Piauí?, o maior ato de protesto reivindicatório do homem do campo no Estado.
Os manifestantes carregando faixas e cartazes vão se concentrar na Praça da Liberdade, no centro, de onde saem em passeata e param nos principais órgãos do Governo do Estado e Federal ligados ao campo. Eles entregam, em cada um, documento contendo os pedidos da classe. A categoria está mobilizada desde a semana passada.
O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Piauí (Fetag), Evandro Luz, disse que o evento é importante na vida dos trabalhadores rurais, pois mobiliza, articula e discute a pauta de reivindicação da categoria no Piauí e, a nível nacional, Grito da Terra Brasil, que mobiliza todos os Estados.
?A luta é sempre por importantes políticas públicas para o desenvolvimento e o fortalecimento das lutas no Brasil.
Este ano não será diferente. Vamos todos juntos chamar a atenção do poder público para as condições precárias que ainda vive a maior parte dos trabalhadores do campo?, afirma o sindicalista.
Segundo ele, o 18ª Grito da Terra Piauí vem com a proposta de chamar a atenção do Governo e da sociedade para o problema da seca e cobrar políticas que vêm sendo ?empurradas com a barriga? e que se faz necessário uma postura mais prática e combativa dos trabalhadores.
A Fetag entende que os trabalhadores vivem e sobrevivem com problemas graves da seca. ?É preciso garantir a participação de todos neste evento para que não passe como um mero dia de mobilização e seja uma ferramenta de respostas e providências para garantir uma maior atenção dos governos federais, estaduais e municipais junto à categoria?, disse, acrescentando que ?o grito é a nossa força e nossa voz não deve ser calada jamais?, completa Evandro, entusiasmado com o evento.