Os motoristas, cobradores e fiscais das empresas de ônibus urbano de Teresina paralisaram suas atividades desde as 0h desta quinta-feira (21). O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhores em Empresas de Transporte Rodoviário Centro em Teresina (Sintetro), Francisco das Chagas Oliveira, declarou que a greve foi deflagrada porque houve rompimento da convenção coletiva de trabalho que prevê o adiantamento de 40% dos salários no dia 20 de cada mês e os 60% restante no dia 5 do mês subsequente.
Segundo ele, estão paralisados 1.800 trabalhadores entre motoristas, cobradores, fiscais e mecânicos e 440 ônibus de 4 consórcios estão paralisados. Os coletivos da Transcol e Viação Piauiense ainda não saiu nenhum ônibus e os motoristas estão todos
O diretor presidente da Transcol, Edimilson Carvalho, disse que ficou surpreso com a paralisação. “Eu estava de férias e agora pela manhã eu fui surpreendido com a greve. Acontece que a prefeitura de Teresina não está nos repassando o subsidio da meia passagem dos estudantes
O presidente do Sintetor, Fernando Feijão, disse que os empresários alegam que a prefeitura deve cerca de R$ 15 milhões do subsidio para as tarifas de estudantes que ficaram congelados no aumento que foi dado em maio, quando as passagens de ônibus foi para R$ 2,75 e as tarifas de estudantes ficaram congeladas em R$ 1,05.
Segundo ele, os empresários afirmam que a prefeitura deveria ter depositado R$ 1,5 milhão para as empresas honrarem o pagamento do salários dos seus funcionários. “Os empresários nos dizem que como não recebem esse dinheiro, não tem como pagar o salário. Infelizmente a população fica prejudicada porque não tem como trabalharmos sem receber nosso dinheiro”, disse.
Francisco das Chagas Oliveira acrescentou que só irão funcionar 30% dos ônibus da frota de 440. Ele disse ainda que não foi preciso anunciar a greve para os empresários, Ministério do Trabalho e Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). As paradas de ônibus ficaram lotadas com centenas de passageiros esperando por um ônibus que só começaram a sair das garagens às 07h30.
Francisca Soares, que ia da Tabuleta para Promorar e estava na parada de ônibus na avenida Miguel Rosa e declarou que a greve surpreendeu a todos. “Eu não sabia da greve, fiquei surpresa”, disse. Fátima Costa ia para Piçarra fazer tratamento ortopédico e ficou revoltada com a situação. “Estou na parada desde cedo e não passa nenhum ônibus. As vans estão lotadas como lata de sardinhas”, declarou a usuária.