A greve dos servidores técnico-administrativos da saúde de Teresina completa nesta quarta-feira (12) doze dias sem nenhuma negociação. De acordo com o diretor do Sindserm (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina), Francisco Sinésio Costa Soares, somente esta semana foram marcadas duas reuniões para uma negociação com a Fundação Municipal de Saúde, mas nenhuma aconteceu.
“Eles [da Fundação Municipal de Saúde] marcaram para segunda (10) e chegamos lá e não estavam. Marcamos para a terça (11) e disseram que não iam nos atender. Eles estão somente protelando. Depois a assessoria jurídica marcou para quinta-feira (13), às 10 horas. O grupo está decidindo por uma mobilização forte”, comenta o diretor do Sindicato.
Entre as reivindicações dos servidores estão a devolução dos valores descontados da remuneração (complementação especial); a implantação do auxíliotransporte em pecúnia no contracheque; a insalubridade; bem como auxílio alimentação e participação percentual sobre o faturamento (produtividade).
Os funcionários do Centro de Diagnóstico por Exame Laboratório Raul Bacelar, vinculado à Fundação Municipal de Saúde, também confirmaram esta semana a adesão à greve. A paralisação começa a partir desta quinta-feira (13).
De acordo com o diretor do Sindserm (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina), o motivo para a mobilização é o atraso da produtividade de agosto e setembro.
“O laboratório não vai receber o material, não vai funcionar enquanto não pagarem a produtividade”, afirma Sinésio. Mas segundo o presidente da FMS, Pedro Leopoldino, desde terça-feira (11), os pagamentos foram autorizados e deve levar no máximo cinco dias para que os servidores recebam o benefício.
“A Fundação está mandando fazer o pagamento que já foi autorizado. Todo o serviço público é uma burocracia que tem que ser respeitada. No máximo até a próxima segunda- feira (17) os servidores receberão a produtividade”, confirmou Pedro Leopoldino.