Atualizado às 10h20
Em nota, o SETUT se manifestou e afirmou que recebeu a greve com estranheza visto que não houve comunicação formal, tratanto o caso como ilegal. Confira a nota na íntegra:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que recebeu com estranheza a deflagração de greve por motoristas e cobradores nesta terça-feira, dia 13. A entidade reforça que não houve uma comunicação formal do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), conforme previsão legal, para o SETUT e a Strans.
O Sindicato lamenta a atitude ilegal da categoria que na manhã de hoje (13) não permitiu que nenhum veículo saísse das garagens, infringindo, mais uma vez, a última decisão do TRT e MPT que determinou em agosto passado, que 70% da frota circulasse em horário de pico e 30% em horário entrepico.
Além disso, a entidade repudia a intransigência da categoria laboral que fez várias ameaças de depredação de ônibus, caso os mesmos fossem liberados das garagens e circulassem pela cidade. O SETUT informa que acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ainda hoje para que os órgãos intercedam diante de tantos atos ilegais contra a população, principal prejudicada com o movimento grevista.
Vale ressaltar que as empresas vêm cumprido com os pagamentos da folha aos seus colaboradores (motoristas, cobradores e demais setores). Sobre o ticket alimentação e plano de saúde, a entidade esclarece que desde de janeiro de 2020, as empresas estão desobrigadas a pagar, uma vez que estes itens não foram motivos de negociação coletiva para 2020.
Portanto, não há obrigação legal. As empresas destacam ainda que motoristas e cobradores têm recebido material de Proteção Individual, conforme é previsto pelo Plano de Segurança do Transporte Público.
Greve dos ônibus: Sintetro diz que não há previsão de acordo
Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina deflagraram greve na manhã dessa terça-feira, 13 de outubro, reivindicando o pagamento de seus direitos por parte dos empresários. De acordo com Paulo Rosemberg, secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), a categoria não pede aumento salarial, mas sim o cumprimento dos seus direitos.
“Nós não estamos reivindicando aumento de salário, só queremos que volte nossos benefícios, o que é de direito. Queremos que os empresários cumpram a Medida Provisória da lei 936, que é o pagamento dos 30% para a classe trabalhadora através do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, pagamento do ticket alimentação, plano de saúde, nós estamos sem nenhuma estrutura de poder exercer o nosso trabalho, não temos sequer um local para fazermos nossas necessidades fisiológicas”, afirmou o secretário acrescentando que até o presente momento não existe nenhuma previsão de acordo.
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) anunciou que vai garantir o funcionamento de transporte alternativo a partir desta terça-feira (13) para atender usuários do transporte público durante a greve de motoristas e cobradores de ônibus em Teresina.
O sindicato da categoria informou à Strans sobre o movimento no final do expediente da última sexta-feira (9) sem explicar a razão da paralisação. Pela lei, o comunicado deveria ter sido feito com 72 horas úteis de antecedência. “Recebemos essa decisão com surpresa. Lamentamos a situação e vamos acionar o Ministério Público do Trabalho porque o sindicato não nos apresentou nenhuma pauta de reivindicações”, ressaltou o gestor da Strans, Weldon Bandeira.