Depois da paralisação dos servidores municipais, agora são os enfermeiros que decidiram entrar em greve, por melhores condições de trabalho e aumento de salário. Apenas 30% deles está trabalhando durante a greve, e não são suficientes.
A mãe de dona Edna esperou durante mais de 12 horas para ser atendida. Ela chegou ao HUT (Hospital de Urgência de Teresina) às 21 horas de ontem, e foi atendida já às 9 da manhã. Todo este tempo, teve que esperar no corredor, sem comer nada. "Procurei ela pelo hospital inteiro, e só fui achar no final do corredor, no último lugar", relata dona Edna. Ela conta que procurou médicos e enfermeiros para a mãe, mas não tinham tempo. "Só falavam "É já, é já, é já...".
É a realidade de quem é atendido pelo SUS. O HUT é o maior hospital público do Estado, e está agora com seus corredores lotados, sem macas para todos, alguns doentes tem de ficar em cadeiras. Não há sequer copos descartáveis para os pacientes e acompanhantes. A situação, que já não era ideal, ficou ainda pior.