O derrame e a venda de diplomas de cursos superiores e de pós-graduação no Piauí estão sendo apurados pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), confirmou o coordenador do grupo policial, delegado Carlos César Camelo.
Ele informou que o delegado Kleidson Ferreira, coordenador da Delegacia de Combate à Corrupção do Greco, e a delegada Rejane, estão apurando a venda de diplomas falsos no Piauí para pessoas que fazem concurso público.
“Foi constatado a venda de diplomas, duas pessoas foram presas na Operação Veritas, que apurou fraude no concurso público para servidores do Tribunal de Justiça do Piauí. O inquérito foi encerrado, mas tem outras coisas para a gente investigar. Acreditamos que seja uma coisa maior”, falou o delegado Carlos César Camelo.
Segundo o delegado Carlos César Camelo, durante as investigações foi constatada a venda de diplomas por uma faculdade, as pessoas que estavam vendendo foram indiciadas, mas a Greco acredita que há um derrame maior de diplomas.
“A gente está atendo a isso. Não são apenas diplomas de graduação, mas também de pós-graduação. Há toda uma rede para vender esses diplomas, principalmente diplomas de pós-graduação, que servem como títulos nos concursos públicos. O candidato tem além do diploma falsos ara concursos que exigem ensino superior, ele entrando com o diploma de pós-graduação ganha mais títulos para a sua aprovação, mas os dois diplomas são falsos”, falou Carlos César Camelo.
O delegado Kleidson Ferreira afirmou que a compra dos diplomas é feito no Piauí.
“Quem compra e vende diplomas comete o crime de falsidade ideológica. No caso do candidato que usa esses diplomas é indiciado por uso de documento falso”, afirmou Kleidson Ferreira.
Uma piauiense comprou diploma de curso superior de Pedagogia e foi aprovada em concurso público promovido pela Prefeitura de Fortaleza (CE), que abriu inquérito administrativo contra a piauiense.