Seis dias depois de internada na Maternidade Leila Diniz, na Zona Oeste do Rio, Carla Cristina, de 20 anos, conseguiu retirar o feto que estava morto em sua barriga desde a última segunda-feira (13).
Segundo a família, que havia reclamado da demora por falta de abortivo na unidade, os remédios só começaram a ser ministrados no sábado (18) e o bebê foi retirado no final da manhã deste domingo (19).
O que aconteceu
O marido contou que durante o pré-natal, feito em um posto em Jacarepaguá, também na Zona Oeste, a médica não conseguiu escutar o coração do bebê. Ao fazer uma consulta numa clínica particular, descobriu que o bebê estava morto.
Na sexta (17), o RJTV denunciou que o CTI da Maternidade Leila Diniz foi inaugurado há um ano e meio, mas nunca funcionou.
A Secretaria municipal de Saúde informou que houve um atraso na entrega do medicamento abortivo, mas garantiu que a paciente já está recebendo o remédio. A Secretaria afirmou que o atraso não prejudicou o tratamento, mesmo com a afirmação da família de que a jovem estaria sentindo dores e teria emagrecido muito.
Grávida teve o braço rabiscado
No começo deste mês, três grávidas teriam sido vítimas de descaso médico no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio.
Na ocasião, um médico teria escrito no braço de uma delas o número da linha de ônibus e o nome de uma maternidade. Ela perdeu o bebê ao dar entrada em uma maternidade na Zona Norte.