Visando intensificar as manifestações culturais da juventude em Teresina, oferecendo subsídios para a integração e desenvolvimento da arte, foi lançado nessa sexta-feira (15) o I Encontro Teresinense de Graffiti.
O evento conta com uma programação vasta até o dia 31 de agosto e promete colorir as muretas de 10 vias com a técnica do graffiti; as ações serão coordenadas por cerca de 400 artistas de vários Estados do Brasil.
Essa união é promovida pela Secretaria Municipal da Juventude (SEMJUV) e a Central Única de Favelas (CUFA), levando para o fortalecimento desses grupos na cidade, tal como angariando a realização de projetos que possam ajudar os jovens a expressar as suas ideias, possibilitando a minimização de problemas sociais.
No detalhamento do planejamento ainda encontram-se apresentações dos membros de Hip Hop, prática de slackline, seminários, workshops, oficinas, entre outras atividades.
Entre os lugares que serão mural da arte estão as avenidas Henry Wall de Carvalho e Pedro Freitas, na zona Sul da cidade; e as avenidas dos Ipês, Dom Severino, Antonieta Bulamarque e João XXIII, na zona Leste.
Sendo um dos pilares da programação de aniversário da capital piauiense, a abertura do encontro contou com a presença do prefeito Firmino Filho, que destacou a importância da construção desse elo entre o poder público e os grafiteiros.
“Temos a missão de abrir esse espaço. O foco é ter um diálogo entre os artistas locais e os dos demais estados”, destaca. Desse modo, atendendo aos pedidos dos participantes o gestor arriscou alguns traços no muro da SEMJUV e impressionou pelo bom desempenho. “Fiz uma labareda, um desenho que sempre fazia nas horas ociosas na escola”, explica.
O secretário da juventude Allan Cronemberg ressaltou a expansão da arte em nível local. “É uma expressão cultural e o crescimento está muito grande, buscamos obter reconhecimento”, impõe.
A falta de informações em torno desses profissionais também comporta uma das vertentes do projeto, é a chance de conhecê-los e estabelecer uma relação.
“Pretendemos construir um mapeamento, dar uma alavancada no grafite e também mudar o conceito que muitas pessoas ainda têm de que é uma pichação”, conclui.
Com esse prognóstico, o representante da CUFA no Piauí visa o fortalecimento do aspecto social promovido pela arte. ‘Hoje a ideia é potencializar a cultura urbana, colocando Teresina no mapa desses eventos; visamos um fortalecimento também no aspecto comercial”, afirma.
Nesse sentido, o grafiteiro teresinense Eduardo Santana revela que o mercado ainda é pequeno. “A maioria faz por prazer, só às vezes que aparece alguém interessado no trabalho e propõe um contrato”, conta.
Atuando em Fortaleza, o profissional Raic concorda com o parceiro de arte e garante que está firme nessa luta pela valorização. “Queremos mostrar os desenhos, os personagens, as letras, fortalecer o movimento hip hop aqui em Teresina”, finaliza.