A Inglaterra teria descoberto a identidade do membro do Estado Islâmico responsável pela decapitação do jornalista americano James Foley, diz o jornal britânico Sunday Times. O jornal, que atribuiu a revelação a "altos funcionários do governo", disse não ter sido informado sobre a identidade do algoz, mas diz que o principal suspeito de ter cometido a decapitação é o rapper Abdel-Majed Abdel Bary, um britânico de 23 anos que deixou sua casa milionária em Maida Vale, ao oeste de Londres, no ano passado, para entrar para a milícia jihadista do Estado Islâmico. Abdel, cujo nome artístico é L Jinny, conseguiu emplacar alguns singles na rádio BBC em 2012.
Seu pai, Abdel Abdul Bary, é um refugiado egípcio que, como relata o jornal Independent, era próximo de Osama Bin Laden e, acusado de bombardear embaixadas nos EUA, aguarda julgamento. Segundo o jornal Guardian, o responsável pelas execuções é um britânico descrito como instruído e inteligente. Ele seria líder de um trio responsável por guardar os reféns do Estado Islâmico que, por causa da nacionalidade britânica, foi apelidado de "os Beatles". O recrutamento de jovens europeus pela milícia extremista do Estado Islâmico se tornou uma grande preocupação. Estima-se que ao menos 500 jovens já tenham saído da Grã-Bretanha para lutar pelo grupo jihadista.
Em entrevista à rede CNN, o embaixador da Grã-Bretanha nos Estados Unidos, Peter Westmacott, disse que a Inglaterra estava "muito próxima" de identificar o autor da decapitação do jornalista. Em um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico na semana passada, um membro do Estado Islâmico com sotaque britânico é filmado decapitando o jornalista James Foley, desaparecido desde novembro de 2012. As imagens explícitas foram postadas no YouTube e foram assistidas por milhares de pessoas após serem compartilhadas nas redes sociais.