O governo federal reabre hoje as negociações dos reajustes salariais que serão concedidos em 2013 para algumas carreiras do Executivo. A sinalização já foi suficiente para alguns setores acenarem com o término das paralisações.
A proposta oficial será aquém dos 22% de aumento linear exigidos pela Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), que representa 85% dos funcionalismo. O texto final terá como base 4% para repor as perdas inflacionárias e teto de 45%, divididos em três anos, já concedidos aos professores das universidades com doutorado.
Integrantes do Ministério da Defesa também vão receber aumento e, para o grupo, a proposta poderá ser mais robusta. Para as demais carreiras o discurso do Palácio do Planalto permanece, ou seja, é necessário agir com cautela por causa da crise econômica internacional. A presidenta Dilma Rousseff também declarou que não vai ceder às pressões dos servidores paralisados.
A sinalização de acordos que já estão avançados faz a greve recuar em algumas classes. Os servidores da Anvisa que atuam nos aeroportos e portos do Rio de Janeiro já retornaram ao trabalho. Já a Polícia Federal retoma quinta-feira o serviço de emissão de passaportes, um dia após reunião com o governo. Os Fiscais Agropecuários voltaram ao trabalho após decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Os servidores da Fiocruz decidiram manter a greve até amanhã, quando fazem assembleia para discutir o que for negociado hoje com o governo. Cerca de 60 estudantes da UFRJ ocuparam ontem a entrada do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e protestaram contra o retorno das aulas de História.
O Ministério do Planejamento enviou ontem comunicado aos órgãos em que reiterou o corte de ponto referente aos dias parados.