Uma reuni?o entre membros do Governo do Estado e da ONG internacional Oxfam aconteceu, na manh? desta quinta-feira (8), no Pal?cio de Karnak. Os representantes da entidade est?o no Piau? para saber como podem ajudar as fam?lias atingidas pela seca no Estado. Participaram do encontro o secret?rio da Defesa Civil, Fernando Monteiro, a coordenadora do Programa Permanente de Conviv?ncia com o Semi-?rido, L?cia Ara?jo, a coordenadora do Programa Fome Zero, Ros?ngela Sousa, entre outros integrantes de ?rg?os do governo diretamente ligados ao problema da seca.
Oxfam ? uma funda??o de caridade internacional com sede em Oxford, Reino Unido, que luta contra a fome e a exclus?o social. Foi fundada em 1942 na Inglaterra, com o nome Oxford Committee for Famine Relief, pelo c?nego Theodore Richard Milford (1896-1987), com a miss?o de enviar alimentos atrav?s das linhas aliadas para as cidades ocupadas pelos nazistas na Gr?cia. Sua primeira filial internacional foi fundada no Canad? em 1963. Hoje, funciona com algumas representa?es em outros pa?ses.
Participaram da reuni?o a representante da Oxfam em Lima, Ana Maria Rebaza, o americano Richard Hoffman, representando a entidade Servi?os Cat?licos de Assist?ncia (CRS), e Omar Rocha, do Programa de Meios de Vidas Sustent?veis para Agricultores (da ASA). Eles vieram ouvir de perto um relat?rio parcial de como est? a situa??o da seca no Estado para come?arem um acompanhamento regular. ?Estamos levantando todos os ?ndices necess?rios e, de acordo com esses dados, vamos come?ar a fazer um acompanhamento mais de perto. Conforme a situa??o da seca, vamos programar que tipo de ajuda podemos oferecer. Essa ajuda vai desde a forma??o de pessoas, cursos, at? o envio de sementes e experi?ncias com capta??o de ?gua?, afirmou Omar Rocha.
A coordenadora do Programa Permanente de Conviv?ncia com o Semi-?rido, L?cia Ara?jo, mostrou as a?es que o programa vem realizando em rela??o ao problema da seca, como o uso de cisternas e barraginhas. "Al?m dessas duas frentes, trabalhamos com a educa??o, que ? o principal fator para aprendizado de formas mais apropriadas de conviv?ncia no Semi-?rido", disse.
Ros?ngela Sousa falou das vantagens de programas assistenciais, como o Fome Zero, na vida dessas fam?lias do semi-?rido. Disse ainda que essas fam?lias precisam de mais a?es de gera??o de emprego e renda. ?O trabalho tem que ser mesmo o de conviv?ncia, n?o somente de emerg?ncia?, acrescentou.
A diretora da Agespisa, Socorro Sales, disse que a empresa opera mil po?os em todo o Estado. O problema, segundo ela, ? que a vaz?o ? muito baixa. O de maior vaz?o tem apenas cinco mil litros por hora. H? cidades que s?o abastecidas por apenas cinco po?os. ?Em Teresina, temos muita ?gua, mas, por conta da polui??o dos rios, precisamos gastar muito mais com tratamento de ?gua. Essa ? uma quest?o crucial. H? outro problema grave que afeta a operacionaliza??o dos po?os: a falta de energia. Como nesse per?odo h? muita oscila??o, os po?os s?o prejudicados?, disse.
Os representantes da ONG est?o confiantes de que v?o fazer uma boa parceria com essas entidades governamentais. ?? a primeira vez que tratamos diretamente com o governo. Nosso trabalho sempre foi mais voltado para parcerias com a sociedade civil. Estamos confiantes de que traremos ajuda e benef?cios internacionais para os moradores em situa??o vulner?vel por conta da seca?, disse Omar Rocha.