Na terça-feira (12), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou a declaração de estado de emergência em saúde pública devido à proliferação da dengue no estado. Os números alarmantes revelam mais de 27,7 mil casos prováveis e 18 mortes confirmadas pela doença, além de outros sete óbitos sob investigação. Essa medida visa intensificar as ações de prevenção, controle e atendimento à saúde diante do grave risco epidemiológico enfrentado pela população. Atualmente, 94% dos municípios gaúchos já reportaram casos de dengue.
📊 PAINEL DE MONITORAMENTO: Conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência no RS é de 255,1 casos por 100 mil habitantes. Em todo o país, este índice está em 780,7. Segundo nota da Secretaria da Saúde do estado, o decreto permite um processo ágil e célere na compra de insumos, como medicamentos e vacinas, entre outros, facilitando o enfrentamento da dengue. Também facilita que o governo federal destine ao governo do RS recursos específicos para ações de combate à dengue.
⚠️ IMPORTÂNCIA DE BUSCAR ATENDIMENTO: A Secretaria da Saúde enfatiza a importância de buscar atendimento médico nos serviços de saúde ao surgirem os primeiros sintomas da dengue. Essa pronta ação é fundamental para evitar complicações e até mesmo fatalidades decorrentes da doença. Tradicionalmente, o Rio Grande do Sul apresentava baixa incidência de dengue, uma arbovirose transmitida por mosquitos, como o Aedes aegypti. A circulação da doença é favorecida em regiões quentes e densamente povoadas. Devido à necessidade de temperaturas elevadas para acelerar o ciclo de reprodução do mosquito e colocar seus ovos na água, estados mais frios como o RS registravam poucos casos.
🌤 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: As mudanças de clima e chuva provocadas pela crise climática global, no entanto, têm empurrado a dengue e outras arboviroses para estes locais. Em 2023, países da Europa, como França, Espanha e Itália, bem como o sul dos Estados Unidos, também registraram casos autóctones, isto é, que não são trazidos de fora. Segundo o último boletim da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à Organização Mundial da Saúde), a região das Américas encontra-se atualmente como altamente em risco para a epidemia.
(Com informações da FolhaPress)