As autoridades peruanas comunicaram nesta quinta-feira (28) o resgate de mais 1.402 turistas que estavam isolados na área de Machu Picchu, que sofre há vários dias com deslizamentos e inundações causados por fortes chuvas.
Devido a danificações na ferrovia, as pessoas que visitavam o sítio arqueológico - um dos pontos turísticos mais famosos do Peru, na região sudeste do país - foram impedidas de deixar o local.
A operação de evacuação se tornou possível porque as condições climáticas começaram a melhorar, permitindo que os helicópteros das Forças Armadas e da Polícia Nacional transitassem pelo departamento de Cuzco.
O ministro peruano de Comércio Exterior e Turismo, Martín Pérez Monteverde, contou que foram realizados 93 voos durante 11 horas graças ao bom clima e ao profissionalismo dos pilotos que participaram das ações.
O titular comunicou ainda que durante esta semana as equipes de apoio resgataram no total 2.542 turistas, número superior ao da contagem inicial.
Entre as pessoas retiradas do local estão 80 brasileiros, isolados na cidade de Águas Calientes, nas proximidades de Machu Picchu. Outros 270 cidadãos do país aguardam socorro.
Pérez Monteverde estimou que se nesta sexta-feira (29) devem ser retiradas mais 800 pessoas, e, desta fora, terão sido deslocadas da cidade imperial inca a totalidade dos visitantes.
Já o chefe do Conselho de Ministros do Peru, Javier Velásquez, declarou que todas as agências do Estado darão apoio e a ajuda necessária à população atingida pelas chuvas, disponibilizando alimentos, água, tendas e cobertores.
Calcula-se que as fortes chuvas - consideradas as mais intensas dos últimos 15 anos - e o transbordamento de rios da região tenham deixando cerca de 80 mil desabrigados. Ao menos dez pessoas morreram, entre elas a turista argentina Lucila Ramballo Carlo e o guia peruano Washington Huaraya Cusihuamán.