Governo deixa vencer testes de covid, remédios e vacinas

O resultado é que, agora, o estoque com milhares de imunizantes, soros, diluentes e testes que custaram R$ 80,4 milhões não foram aproveitados a tempo e terão de ser inutilizados.

Governo deixa vencer testes de covid, remédios e vacinas | Reprodução
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A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), pasta do Ministério da Saúde, deixou vencer milhares de kits para diagnóstico da Covid-19 e dezenas de medicamentos e e vacinas para outras doenças.

O órgão foi notificado sobre a proximidade da data de validade de 32 tipos de insumos. Mesmo assim, não agiu a tempo de distribuí-los. O resultado é que, agora, o estoque com milhares de imunizantes, soros, diluentes e testes que custaram R$ 80,4 milhões não foram aproveitados a tempo e terão de ser inutilizados.

Segundo  o Estadão, o desperdício inclui, por exemplo, mais de 18 mil kits de teste de covid, considerados fundamentais pelos especialistas para monitorar e controlar a transmissão do vírus. Também estão na lista 44  mil vacinas meningocócicas (contra meningite) e 16 mil vacinas contra a gripe.

Governo deixa vencer testes de covid, remédios e vacinas- Foto: Agência Brasil

O material estava armazenado no Centro de Distribuição que o Ministério possui em Guarulhos (SP). Planilha do MS aponta que, para sete desses insumos, houve mais de uma notificação sobre o vencimento do prazo. A SVS foi alertada, em abril e em junho deste ano, sobre os produtos que venceriam entre 8 de julho e 31 de agosto. Eles custaram R$B 2,6 milhões aos cofrs públicos.

Todos esses insumos fazem parete de uma lista de 271 itens que perderam a validade entre 2017 e 2021. Ao todo, são  1,8 milhão de unidades e custaram R$ 190,8 milhões ao governo.

Quase a totalidade deles, ou 96%, foram perdidos a partir de 2019, durante o governo Bolsonaro - o prejuízo foi de cerca de 190,1 milhões a partir de 2019, ante o prejuízo de R$ 680 mil ocorrido entre 2017 e 2018.

Lista de mais de 200intens como testes para diagnóstico da Covid-19, venceram -Imagem: Reprodução

Um ofício da coordenadora-geral substituta de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, Katiane Rodrigues, de 22 de setembro, registrou que houve "comunicação prévia, da proximidade de vencimento desse medicamentos". Ela apontou que "ausência de respostas das áreas responsáveis, em tempo hábil, para distribuição destes Insumos". 

Com informações do Estadão.

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