A centralização de ações financeiras com o uso de tecnologias informatizadas é uma das principais apostas para a economia da reforma administrativa proposta pelo Governo do Estado. O governador Wellington Dias anunciou para nova gestão iniciada em 2019 a elaboração de um sistema único de integração das finanças, além do enxugamento da máquina pública com a redução de mais de 15 coordenadorias e seus cargos comissionados.
Dentre os eixos está a implantação de uma comissão de licitação unificada que foi garantida em cooperação com o Governo do Maranhão. O termo cooperativo cedeu gratuitamente para o governo do Piauí um sistema informatizado que poderá centralizar os processos licitatórios e as compras do Estado. “Vamos licitar uma empresa para customizar o sistema para a nossa realidade. Com esse sistema teremos muito mais controle, muito mais eficiência nas nossas licitações”, informou o secretário de Administração e Previdência (SeadPrev), Ricardo Pontes.
O gestor explicou ainda que a tecnologia vai garantir a centralização das licitações previstas em lei desde 2016. A medida também dispensa as atuais Comissões Permanente de Licitações (CPLs), existentes em vários órgãos. “Um primeiro benefício é não precisarmos mais ter essas comissões em cada órgão. Com o sistema teremos muito mais controle sobre tudo o que se está comprando, tudo o que se está se licitando”, complementou Pontes.
De acordo com o governo, outro ponto que é fortalecido pela centralização da gestão administrativa diz respeito à transparência das contas públicas e mais agilidade no acompanhamento por parte dos órgãos de monitoramento e fiscalização como os tribunais de Justiça (TJ) e de Contas (TCE).
Simo
O Sistema Integrado de Monitoramento, ferramenta já utilizada pelo governo e coordenada pela Secretaria de Planejamento (Seplan) deverá ser integrado a outros mecanismos de gestão e planejamento orçamentário e financeiro. A partir da reforma, o Simo se integra ao Sistema Financeiro (Siaf), e também ao sistema de licitações, compras e contratos. “A ideia é integrar esses sistemas de maneira que possamos acompanhar todos os contratos, todas as obras, como está a execução das obras, o que precisa para a ordem acontecer”, destacou Ricardo Pontes.
Para a diretora do Simo, Gisele Oliveira a integração vai aprimorar o processo de monitoramento das ações do estado. “Teremos uma visão completa desde o financiamento até a execução financeira da ação. Paralelo a isso estamos prevendo uma equipe específica para monitorar os projetos prioritários da carteira do estado e um grau de atenção maior dentro do processo de monitoramento para os convênios federais e operações de crédito”, destacou.
Com a integração com o Siaf as ações do Simo se integram com as ações do Plano Plurianual (PPA).