A vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, participou, nessa sexta-feira (28), do ato que marcou o início das obras do Museu da Natureza, no município de Coronel José Dias. O projeto foi idealizado pela arqueóloga e presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), Niède Guidon, e desenvolvido pela AD Arquitetura. A obra está orçada em R$ 13.700.000 e é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Participaram ainda do ato a prefeita de São Raimundo Nonato, Carmelita Castro; do prefeito de Coronel José Dias, Manoel Galvão; da idealizadora arquitetônica, a arquiteta Elizabete Buco; e do engenheiro civil Marcelo Moreira, responsável pela execução da obra.
O padre Luiz Eduardo fez a bênção eucarística do lançamento da pedra fundamental da obra e disse que, “sendo essa pedra lançada da construção do grande Museu da Natureza, que vai proporcionar às comunidades das cidades que compreendem o Parque da Serra da Capivara, passado-se o tempo será a mesma pedra que edificará todo o projeto de agora em diante, independente de quem irá conduzir para o futuro”.
De acordo com o engenheiro, o projeto conta com uma estrutura diferenciada das obras do estado. “O projeto já foi iniciado desde de junho e estamos com um mês de obra, um pouco adiantado porque éramos para estar com período de quatro e meio porcento e estamos com seis e meio porcento. Ela é uma obra diferenciada pelo formato e por ter toda a estrutura metálica, que comportará uma área de 4.500m²”, informou Marcelo Moreira.
Niède enfatizou que o museu será algo único na Serra da Capivara. “Temos o Museu do Homem Americano e agora estamos construindo o Museu da Natureza, duas obras históricas e que no Brasil não tem nada igual financiada pelo BNDES. Essa obra é todo um conjunto que consegue fazer com que esse parque seja realmente algo ímpar. Se nós tivermos linhas aéreas e hotéis, nós teremos aqui milhões de turistas porque é um patrimônio da humanidade. Os patrimônios da humanidade são muitos visitados, ou seja, tudo o necessário para que essa região possa se desenvolver. Agora então é complementar”, declarou a arqueóloga.
Margarete Coelho falou em tom de gratidão e de reconhecimento ao trabalho da arqueóloga Niède Guidon. “Temos muita gratidão por tudo que ela sonhou para cá e mais ainda pelo que ela fez e tem feito.Todos que estão aqui hoje temos um compromisso com essa obra, essa cidade e de trabalharmos para que os sonhos de Niède Guidon sejam eternos e perenes”, declarou emocionada a vice-governadora.
Ela ainda ainda acrescentou que o museu vai abrigar a natureza de 400 milhões de anos até os dias atuais. "Começará a partir do fundo do mar, plantas e animais até o que temos hoje que é a caatinga. Essa obra é de uma sensibilidade grandiosa e tem como propósito transmitir aos visitantes as sensações que se experimentam quando se entra na natureza, seguindo uma linha de tempo, acompanhando as eras geológicas e as mudanças originadas como consequência das transformações geológicas, climáticas e biológicas”, explicou Margarete.
O cronograma previsto para entrega da obra é de um ano e meio, dezembro de 2018. O formato da obra é em caracol, com dois pisos que comportarão uma lanchonete, uma loja e um auditório com capacidade para 60 pessoas.
Elizabete Buco destacou que todo o trabalho realizado é uma idealização inovadora da arqueóloga Niéde Guidon. “Foi feito o museu na cidade de São Raimundo Nonato e que ficou mais dedicado ao homem e instrumentos que ele usava. Daí ficou faltando alguma coisa que explicasse como foi que nós chegamos aqui com essa paisagem de hoje e o motivo dela ser assim. Niéde quer o Museu da Natureza mostre a origem de tudo, de como as coisas aconteceram e especificamente no clima e vegetação da região”, ressaltou a arquiteta.