Governador Wellington Dias abre o Congresso Internacional de Arte Rupestre

Foi aberto oficialmente o Congresso Internacional de Arte Rupestre, o Global Rock Art

Congresso Internacional de Arte Rupestre | Divulgação
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Foi aberto oficialmente o Congresso Internacional de Arte Rupestre, o Global Rock Art, no início da tarde desta segunda-feira (29), com a presença do governador Wellington Dias e do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. A abertura solene contou também com as presenças de uma série de autoridades federais, do Estado do Piauí e de representantes da Federação Internacional de Organizações de Arte Rupestre, a Ifrao.

A arqueóloga Niède Guidon, diretora-presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), deu as boas-vindas aos participantes do congresso e declarou que o evento é um ?ponto de transição? na história de São Raimundo Nonato e do Piauí. Visivelmente emocionada, Niède Guidon disse que o Global Rock Art é um coroamento de 38 anos de pesquisa e preservação dos sítios arqueológicos da região.

?Foram 26 anos de pesquisas e mais 12 tentando fazer com que essa imensa riqueza fosse preservada?, afirmou a diretora-presidente da Fumdham e presidente do Global Rock Art. A arqueóloga também destacou o aspecto de inclusão que esse trabalho tem incorporado, criando cada vez mais oportunidades de geração de emprego e renda à população de São Raimundo Nonato e de outros municípios daquela microrregião.

Grande Momento

Um grande momento para o mundo e para o Brasil?, declarou Wellington Dias. ?Especialmente para nós, nordestinos, é uma honra receber esse evento aqui no Piauí. É a primeira vez que esse evento acontece no Brasil, um evento que pode dar um passo importantíssimo para o mundo, recontando a própria pré-história da ocupação do planeta terra ao longo dos anos. É uma oportunidade de podermos trocar ideias sobre diversos temas.?

O governador observou que o Congresso Internacional de Arte Rupestre é uma ocasião oportuna para discutir, por exemplo, sobre o que podemos aprender com os nossos antepassados, a partir das inscrições rupestres, e sobre estudos arqueológicos que ajudam a entender, por exemplo, o fenômeno das mudanças climáticas, que não é atual, mas da própria evolução planetária e que vem acontecendo há milhões de anos.

Wellington Dias ressaltou também o apoio do Governo Federal ao evento, através de seus vários ministérios e órgãos. ?Eu destaco ainda a oportunidade que temos para uma região do Brasil, uma região que tem uma riqueza, não só um patrimônio da humanidade, um patrimônio nacional, um patrimônio cultural, mas uma riqueza que pode se transformar em riqueza também para os que vivem aqui?, continuou.

Congresso Internacional

?A infraestrutura que aqui fazemos, todos os estudos aqui realizados, tudo isso vai permitir que uma região pobre do mundo ? não só do Brasil ? possa ter a sua oportunidade?, disse o governador. ?Esse evento também ajuda a fazer com que o Brasil e o mundo descubram essa região do Brasil e, assim acontecendo, nós vamos dar oportunidade a milhares de pessoas que precisam apenas de uma oportunidade.?

Já o ministro da Ciência e Tecnologia enfatizou a expressiva participação em termos de congressistas. ?É um congresso que tem a participação de mais de 800 pessoas, de representantes de pelo menos 40 países e, portanto, é um congresso internacional importante?, avaliou. ?Esse congresso foi realizado em cerca de oito países anteriormente, e o fato de vir para o Brasil, para o Piauí, representa uma mudança na trajetória dessa área no Brasil.?

Sérgio Resende lembrou que a arqueologia e o estudo das artes rupestres foram desvalorizados durante muitos anos no Brasil. ?As pessoas não davam importância a esses indícios da presença do homem há dezenas de milhares de anos. Com a vinda da professora Niède Guidon para cá, há mais de 30 anos, que percebeu a riqueza que aqui existe, começou então a haver um esforço para construir um centro de pesquisas para valorizar esse acervo que está aqui.?

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