A estratégia do Google para se tornar dominando no setor de saúde é investir ao máximo em inteligência artificial. “As tecnologias subjacentes de aprendizado e inteligência artificial são aplicáveis a todos os tipos de tarefas”, explica Greg Corrado, neurocientista que trabalha na empresa.
De cara, uma das apostas é a Verify, uma startup interna que desenvolve um software para diagnosticar a retinopatia diabética, uma das causas mais comuns de cegueira. A mesma empresa está tentando descobrir também como monitorar as taxas de açúcar no sangue, enquanto desenvolve robôs cirurgiões capazes de aprender com cada intervenção que fazem.
No fim, inteligência artificial vive de dados e hospitais têm uma imensa quantidade destes - soltos porém mal aproveitados. É aí que está o trabalho. “Tudo é sobre como gerenciar estes dados”, sugere Jessica Mega, chefe do departamento médico da startup. “Pode ajudar a evitar doenças”.
O esforço não vem á toa. Saúde, na economia americana, representa a bagatela de 20% do PIB. “Seja Google, Microsoft, IBM ou Apple, todos estão vendo como participar”, conta John Moore, analista do setor na Chilmark Research.