Aconteceu nesta quarta-feira, 19, uma audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar da violência em Teresina. Várias comunidades de todas as zonas da capital participaram do evento, que discutiu situações como a do adolescente Biro-Biro, de 10 anos, que responde a 12 homicídios.
?O Biro-Biro faltava muito às aulas e só comparecia quando a gente ia atrás. A mãe dele diz que falhou. Ela realmente falhou quando ele dizia que não queria ir às aulas quando nós íamos atrás dele para levá-lo para a escola. Ela dizia que não podia fazer nada. É um absurdo, uma criança de dez anos a mãe não ter o domínio?, afirmou um ex-professor de Biro-Biro.
Luis Manoel é do bairro Promorar e pede socorro diante das histórias que tem presenciado. ?É difícil aparecer um policial por lá. Eles só aparecem quando tem algum crime, algum roubo e depois somem. Inclusive não tem policiamento nas escolas.?
Os médicos que trabalham na região fazem relatos do dia a dia. ?Eu estou insegura por conta da violência. Eu tenho um vizinho que foi morto outro dia. Isso me deixa preocupada. Com isso há o aumento da necessidade de medicamento controlado. Eu não consigo dormir?, afirmou uma profissional de saúde.
Autoridades apresentaram alternativas que podem contribuir para a diminuição da violência da capital. O coronel Alberto, da Polícia Militar, reconhece o problema e afirma que há a necessidade em renovar as estratégias. ?É o que nós podemos fazer. Nós somos limitados em recursos. O nosso entendimento é que nós temos que trabalhar mais a parte preventiva?