O adolescente que morreu após ter sido baleado na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio, foi identificado como Natan Matheus Gomes da Silva, de 12 anos. Segundo a irmã dele, Kátia Gomes da Silva, de 26 anos, um rapaz de 17 anos, acusado de trabalhar para o tráfico que atua na comunidade, foi responsável pelo disparo. Segundo Kátia, o menino estava sentado em frente a uma padaria, próxima à casa dele, quando viu o rapaz girando a arma na mão. Neste momento, Natan perguntou para o adolescente, que é conhecido como Kaká, se a arma era de brinquedo. Ele teria respondido, ?você quer ver?? e atirado na cabeça do menino.
Ainda segundo Kátia, o autor do disparo tentou correr, mas foi pego e levado para a associação de moradores, onde ficou até a chegada dos policiais. Ao saber da morte do amigo, um jovem identificado como Carlos, de 15 anos, passou mal e morreu.
? Eles eram muito amigos, como se fossem irmãos ? disse Kátia.
Mais cedo, a versão informada pela polícia era de que o acusado limpava uma pistola 9mm no momento do crime. O menino atingido e o amigo chegaram a ser levados por parentes para o Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz, mas não resistiram.
Revoltados com o autor do disparo, moradores da comunidade pretendiam linchar o atirador. Quando policiais do 27º BPM (Santa Cruz) chegaram ao local encontraram o menor sentado, com a arma do crime ao lado, e cercado por homens que fugiram ao perceber a aproximação dos PMs.
O suspeito foi levado para a 36ª DP (Santa Cruz) e, esteve na Divisão de Homicídios (DH) e, depois, encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). De acordo com informações da DH, na delegacia, o autor do disparo alegou que atua no tráfico e que a arma teria sido dada a ele por traficantes da região. O menor foi apreendido por fato análogo ao crime de homicídio.