Garoto apanha por beijar namorada de outro e colegas incentivam agressão

Garoto de 12 anos apanhou dentro da sala de aula com socos e chutes.

Por beijar namorada de outro, jovem apanha e acaba agredido | Reprodução
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O garoto de 12 anos agredido dentro de uma escola pública de Piracicaba (SP) disse que apanhou por ter beijado uma colega de classe. O namorado da menina o atingiu com socos na cabeça e chutes nas pernas por ciúmes (veja no vídeo). A agressão ocorreu dentro da sala de aula quando não havia nenhum professor no local. O adolescente relatou que também foi ameaçado e que tem medo de sair de casa. A família quer transferi-lo de escola.

O caso foi registrado na última quarta-feira (28) na Escola Estadual Professora Carolina Mendes Thame, no bairro São Francisco. Outros estudantes filmaram a briga com celular e postaram as imagens em redes sociais na internet. Após a repercussão do vídeo, a mãe do jovem agredido registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil nesta segunda-feira (2).

Desde a agressão, o garoto de 12 anos deixou de frequentar a escola. "Eu não sabia que a menina estava namorando. Depois que eu apanhei, o rapaz ainda disse que ia me pegar lá fora. Fiquei com medo e evito até de sair de casa", afirmou em entrevista à EPTV.

O estudante está matriculado no 5º ano do ensino fundamental. "Eu não quero deixar de estudar, mas agora preciso mudar de escola", disse. O agressor, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Educação, estuda na mesma instituição de ensino e cumpriu dois dias de suspensão.

Gesto de arma

O pai do garoto agredido, o carpinteiro Joaquim Lopes, relatou que ficou assustado ao ver as imagens na internet. "Depois de bater, o outro menino faz um gesto como se apontasse uma arma para a cabeça do meu filho. É muito cruel o que fizeram com ele", afirmou ele, que criticou a falta de segurança na escola.

Mediação de conflito

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação informou que o professor-mediador da unidade, que é capacitado para atuar em situações de conflito, está acompanhando o caso. "Foram realizadas reuniões com os estudantes envolvidos e seus responsáveis para, com base no regimento escolar, definir quais medidas serão tomadas", relatou.

Transferência

A mãe do menino vítima de agressão, a acompanhante de idosos Elcilene Alves dos Santos, afirmou que quer transferir o filho da instituição de ensino.

"Ele reclamou de dores o final de semana inteiro e está assustado com tudo o que aconteceu. Ele está com medo de sair na porta de casa", disse.

?Não consigo me conformar. Estamos fazendo de tudo para que o meu filho possa realizar o sonho de terminar os estudos e fazer uma faculdade. Estou preocupada por ele estar sem ir à escola, mas preciso conseguir a transferência o quanto antes", afirmou a mãe.

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