Uma garota de apneas 10 anos, que estuda na Escola Álvaro Ferreira da Rocha, em Rio Branco, perdeu a vontade de estudar após supostamente sofrer racismo pelas colegas de classe.
Segundo Cristina Caetano, tia da criança, ele teria sido chamada de 'preta imunda e suja' por várias vezes, e a direçã da unidade escolar teria tratado o caso como 'besteira'.
A direção da escola confirmou o ocorrido, mas negou que não esteja tratando o caso com seriedade.
Cristina Caetano conta que a criança chegou em caso, após as supostas ofensas, muito abalada e chorando. Ela disse que a criança sempre foi alegre e sorridente e que ultimamente tem sofrido mudanças em seu comportamento. . "Na sexta [13], ela chegou em casa chorando. No final de semana, nós tínhamos uma programação e ela não quis sair, e na segunda [16] não quis ir para aula. Tem ficado tristonha e sem vontade de ir à aula", conta a tia ressaltando que cobrou que a escola tomasse uma atitude. 'Minha sobrinha disse que ela e as colegas foram para a direção para contar o que tinha ocorrido, mas que o diretor disse que era uma besteira aquilo tudo e que para ser configurado bullying a situação teria que ter ocorrido repetidas vezes e não uma ou duas vezes só", reclama.
A menina teria dito ainda que essa não foi a primeira vez que as duas colegas teriam feito ofensas racistas contra ela.
O Diretor da escola, Raimundo Martins da Silva, negou que a escola não tratou o assunto com seriedade e que tenha dito que o caso era 'besteira'. Segundo ele, as crianças foram ouvidas e disse que os responsáveis serão convocados para uma reunião semana que vem.
"Na conversa com as crianças, Eduarda, disse que não era chamada assim todos os dias. Em nenhum momento tratamos o caso como uma besteira, pelo contrário, orientamos que as crianças não podem destratar os colegas", conta o diretor.
Silva informou que durante a conversa com as alunas chegou a questionar Eduarda sobre os motivos para as ofensas. "Será que tua colega não disse isso porque vocês estavam brincando e você interpretou de outra maneira? Ela disse que não sabia. Então, eu falei que iria chamar os pais para isso não voltar a ocorrer", diz.
Segundo o diretor, as duas alunas confirmaram que estavam brincando quando chamaram Eduarda de "preta e imunda". "Ela não nos procurou antes de falar para a tia o ocorrido. Se me procurasse, tinha imediatamente informado aos pais", afirma.
Sobre o comportamento da menina estar diferente, o diretor diz que em nenhum momento a menina se afastou das colegas que teriam dito essas palavras contra ela. "Continuam a mesma amizade. Por isso eu disse que tem que rever os motivos das palavras", conclui.