Galeria na zona Leste vai evitar enchentes; projeto deve levar dois anos

A prefeitura afirma que a finalização da primeira etapa do Plano Diretor vai minimizar as enchentes comuns no período chuvoso

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O período chuvoso ainda não chegou, mas tem muitos moradores que já estão preocupados com as chuvas que estão por vir. Na zona leste, muitos já reforçaram barreiras para evitar a invasão da água, como ocorreu em anos anteriores. A falta de galerias dificulta o escoamento da água da chuva e facilita o acúmulo em vários pontos da zona leste. Por conta disso, a região se torna uma das zonas mais críticas na cidade e traz vários transtornos à população.

No entanto, a construção de galerias pluviais já foram iniciadas como uma forma de amenizar o problema que já dura há bastante tempo. Essas obras estão incluídas no Plano Diretor de Drenagem Urbana de Teresina apresentado ano passado e inclui a construção de galerias e uma série de outras obras e ações que devem ser feitas ao longo de dez anos.

A primeira etapa da construção das galerias já iniciou no mês passado e quem passa pela Avenida Cajuína, próximo a um shopping da cidade já pode ver o início da obra que deve aliviar o problema de escoamento na região. A obra tem prazo de quatro meses para ser feita devendo, portanto, ser concluída até o mês de fevereiro.

De acordo com o gerente executivo da Superintendência de Desenvolvimento da zona Leste, engenheiro Paulo Roberto da Rocha, essa primeira fase inicia na Avenida Cajuína e deve seguir até a Avenida João XXIII, passando por pelo menos cinco bairros na região, como São João e Bairro dos Noivos.

?A primeira etapa é o canal coberto que ultrapassa a Avenida Cajuína. Terá um dissipador de energia que será feito ao lado da Floresta Fóssil para diminuir a força da água que chega no terreno natural e terá também um canal aberto, que vai da Avenida Cajuína ao Parque das Samambaias, próximo ao DNIT, na Av. João XXIII?.

Além disso, o aumento do canal de escoamento vai possibilitar um aumento na capacidade de água. Com a conclusão prevista para o início do próximo ano, espera-se que já traga resultados para a região antes mesmo do período chuvoso se intensificar.

?Depois que fizer a passagem sobre a avenida, vai se transformar em um canal de 4 metros de largura por 2,5 m de altura. Então a área vai ser muito maior e vai melhorar esse acúmulo de água?, completa o engenheiro. Atualmente, a avenida possui apenas três tubos, de 80 cm.

Projeto completo deve levar 2 anos

Nas partes mais baixas da zona Leste se concentram os pontos mais alagadiços. Como o que acontece em alguns trechos da Avenida Aquiles Wall Ferraz, na Vila Santa Isabel. Antônio Gonçalves é entregador de encomendas e afirma que esse ponto é um dos menos problemáticos na região. No entanto, em dias de chuva forte, a água chega a cobrir metade da moto, seu transporte de trabalho.

?São muitos os pontos críticos na zona Leste. Na Dom Severino, na região do Morada do Sol até antes da Kennedy se passar até de moto a água leva. Já tive que fazer entrega que tive que deixar a moto em um lado mais alto e atravessar a pé, com água a um metro de altura?, lembra ele, que explica como faz para escapar. ?Motoqueiro tira pela calçada, procura uma brecha. Carro que é ruim, já vi muitos que ficaram parados na água. Sempre fica gente com problema?, diz.

O projeto de drenagem urbana inclui além da construção de uma galeria principal, a construção de suas ramificações. Ao todo, a galeria terá cerca de sete quilômetros de extensão, entre linha principal e ramificações, um investimento na ordem de R$ 28 milhões na obra e mais R$ 2,5 milhões no projeto e consultoria.

Com a conclusão total da obra, aumentará o número famílias beneficiadas. Enquanto a primeira etapa segue até a Avenida João XXIII, a segunda fase compreende o prolongamento pela Avenida Presidente Kennedy até a região do Bairro Morada do Sol e vai atender outros bairros como Recanto das Palmeiras, Santa Isabel e Piçarreira.

De acordo com o gerente executivo da SDU-Leste, a próxima etapa será a galeria coberta, cruzando a Avenida João XXIII até a Morada do Sol, e várias ramificações. Serão, portanto, galerias secundárias que vão jogar na principal da Homero Castelo Branco. A obra completa tem um prazo de dois anos para ser concluída. ?Se não houver nenhum impedimento que atrapalhe, vamos pegar dois invernos ainda durante essa obra?, avalia o engenheiro Paulo Roberto da Rocha.

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