Família quebra pronto-socorro após morte de adolescente de 14 anos

Família culpa falta de ambulância por morte de garoto em Miguelópolis (SP). Prefeitura apura responsabilidade de dois motoristas e duas recepcionistas

Ambulância do pronto-socorro foi depedrada por parentes e amigos do menor | Alexandre Sá/EPTV
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Quatro funcionários da Prefeitura de Miguelópolis (SP) foram afastados após um adolescente de 14 anos morrer por uma parada cardiorrespiratória em casa na noite do último sábado (19). A família do adolescente culpa a falta de ambulância pela ocorrido. Uma sindicância também foi aberta para apurar a responsabilidade de dois motoristas e de duas recepcionistas que trabalhavam no dia em que o adolescente morreu.

A mãe do garoto, Maria Aparecida Dias, disse que solicitou uma viatura do pronto-socorro, mas a ambulância não foi enviada. "A família alega que ligou para o pronto-socorro às 18h e nenhuma ambulância fez o resgate. Às 19h15, eles teriam levado por meios próprios, mas ele não resistiu", explicou o secretário da Saúde, Miguel Antunes Moisés.

Segundo o secretário, os funcionários afastados contaram que não receberam nenhum chamado antes das 19h. "A recepcionista conta que a família ligou apenas às 19h05", defendeu Moisés.

Uma comissão formada por profissionais da Secretaria da Saúde já pediu o registro de ligações para a empresa de telefonia, com o objetivo de cruzar as duas informações.

O caso

Maria Aparecida contou que o filho, Gerson Alves de Lima Ferreira, sofria de arritmia cardíaca. Ele teria passado mal em casa na noite de sábado. Após solicitar a ambulância e ter o pedido negado, a família parou um carro na rua e pediu ao motorista que levasse o adolescente ao hospital.

No dia do ocorrido, o coordenador do pronto-socorro, Júlio Ferreira Carmo, disse que dois médicos estavam de plantão e realizaram todos os procedimentos possíveis para reanimar o adolescente, mas o jovem não resistiu.

Revoltados com a situação, familiares e amigos do estudante depredaram o prédio da unidade de saúde no domingo (20).

Ambulâncias

O secretário de Saúde explicou que Miguelópolis dispõe de sete ambulâncias. Cinco delas, entretanto, estavam manutenção no dia em que o adolescente morreu. Outros dois veículos, segundo Moisés, se encontravam no pronto-socorro onde o menor foi atendido. "Uma dessas ambulâncias é usada para fazer o transporte de pacientes e a outra fica no posto para fazer transportes mais graves, de UTI, por exemplo", concluiu.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES