A “fuga de corrente” é como chamamos a energia que “escapa” de fios, condutores, carcaças de equipamentos, sempre por uma falha ou desgaste da isolação. Fazendo um paralelo com um cano de água, a corrente de fuga é comparada com um vazamento, e seus efeitos podem causar acidentes graves por choque elétrico e danos aos equipamentos e à instalação elétrica. Quase sempre, a fuga tem caráter silencioso e se não for eliminada pode resultar num curto-circuito severo, bem como incêndio.
Para evitar esse problema, a Equatorial Piauí destaca que uma das premissas básicas para se obter uma instalação elétrica segura é que seja realizado um projeto elétrico da construção/reforma, baseado na ABNT NBR 5410 - Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Segundo a pesquisa da ABRACOPEL – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, Raio X das Instalações Elétricas Brasileiras, realizada em 2017 com 1.000 imóveis residenciais, somente 29% da amostra afirmou possuir um projeto elétrico, sendo que em 25% dos casos, o próprio eletricista planejou e executou as obras e reformas elétricas.
Como orientações para prevenção e eliminação da fuga de corrente, a Equatorial Piauí reforça, dentre outras: não utilizar fios desencapados ou mal dimensionados, não deixar a fiação exposta a agentes corrosivos, eliminar emendas malfeitas, não usar equipamentos com defeitos, manter o quadro de distribuição em boas condições de limpeza e organização, utilizar materiais elétricos de boa qualidade, evitar o uso contínuo de “T”/benjamim e sempre chamar um especialista técnico para projetar e executar reformas ou manutenções nas instalações.
“O ideal é que um profissional qualificado realize a manutenção preventiva das instalações elétricas a cada 5 anos. Caso haja suspeita de fuga de corrente, um teste simples que pode indicar vazamentos pode ser realizado da seguinte forma: desligue todos os aparelhos e luzes, retire da tomada tudo que for possível, verifique se seu medidor de energia elétrica continua registrando consumo, observando a alteração nos últimos números do display”, explica Suan Cantanhede, Engenheiro Eletricista. Após realizar os testes, caso se verifique alterações no medidor, o cliente deve buscar um profissional qualificado para analisar suas instalações e equipamentos.
“Um grande aliado para a segurança dos consumidores e das instalações é o Dispositivo Diferencial Residual (DR), que detecta até as menores fugas de corrente e desliga o trecho do circuito no qual foi instalado, evitando, inclusive, a ocorrência do choque elétrico. Outro item indispensável para garantir segurança e evitar os efeitos da fuga de corrente é o condutor de proteção, o fio terra”, complementa Suan Cantanhede.