Fotos mostram a 'tereza', espécie de corda entrelaçada com panos e lençóis, e o buraco numa parede, aberto a aproximadamente 10 metros de altura do solo, usados por cinco presos para fugir da cadeia de uma delegacia da Polícia Civil no Centro de São Paulo, no final da tarde de sábado (3). Um criminoso foi recapturado pela Polícia Militar (PM) e os outros quatro ainda são procurados.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, os presos fugiram às 16h50 do 2º Distrito Policial (DP), Bom Retiro, na Rua Jaraguá. O documento informa que além da fuga, também será investigada a “entrada ilegal de aparelho móvel de comunicação em estabelecimento prisional”, em outras palavras, um telefone celular.
Procurada para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) respondeu por meio de nota que a “Corregedoria da Polícia Civil acompanha o caso para verificar se houve irregularidades por parte dos policiais”, ou seja, a corporação quer saber se agentes facilitaram ou contribuíram para a fuga dos presos.
Apesar de a Secretaria da Segurança não ter explicado como surgiu o buraco na parede da delegacia, policiais civis ouvidos pela reportagem sob condição de que seus nomes não fossem divulgados disseram que os presos teriam quebrado uma das paredes para escapar. Na cadeia do 2º DP ficam detidos suspeitos de flagrante ou presos transitórios, alguns aguardam vaga em unidades prisionais da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
De acordo com o registro policial da fuga, o preso capturado é Luis Geroto Alves, que responde pelo crime de roubo. Os outros presos que fugiram e estão sendo procurados são: Douglas Riachão da Silva, com passagens por tráfico de drogas, furto e roubo; Eloizio de Oliveira Ferreira (roubo); Jonas Ferreira da Silva (furto) e Luciano Borges da Silva (tráfico de drogas).
As fotografias, que foram feitas por policiais e circulam em redes sociais, como o aplicativo WhatsApp, mostram a corda entrelaçada com panos e lençóis feita pelos presos presa a uma parede. No alto está um buraco por onde os detidos conseguiram passar e fugir. A ‘tereza’ foi apreendida e será periciada.
A 1ª Delegacia Seccional, responsável pelo 2º DP, acionou Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil (CEPOL) e o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) sobre a fuga. Investigadores também falaram que agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), um dos grupos de elite da Polícia Civil, foram chamados para tentar ajudar a encontrar os presos que escaparam.