Fotos: Chuvas já mataram 171 no Rio

Outras 161 pessoas ficaram feridas por causa das tempestades

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O Corpo de Bombeiros registrou, até as 17h desta quinta-feira, 171 mortes causadas pelas chuvas e deslizamentos que atingem o Estado do Rio de Janeiro desde segunda-feira. Outras 161 pessoas ficaram feridas por causa das tempestades, elevando as vítimas para 332.

Na noite de quarta-feira, um deslizamento no morro do Bumba, em Viçoso Jardim, zona norte de Niterói, deixou pelo menos dez vítimas fatais e dezenas de residências desabadas. As equipes de resgate retiraram com vida do local 21 pessoas.

Cinquenta PMs fazem o isolamento do local, enquanto 90 Bombeiros trabalham nos resgates junto com 18 homens da Força Nacional. Vinte e quatro homens operam as máquinas, 8 escavadeiras de grande porte e 4 retroescavadeiras.

Apenas em Niterói, foram encontrados 98 mortos. No deslizamento do Morro do Bumba, foram 12 os corpos retirados. Às 3h20 e às 3h50, três corpos de pessoas soterradas foram retirados dos escombros. Entre as vítimas fatais estão uma criança, cuja idade não foi identificada, e uma mulher. Outros três corpos, de três mulheres, foram encontrados nos escombros. Um deles foi identificado como sendo de Nádia Carvalho, 37 anos.

O deslizamento ocorreu aproximadamente às 19h30, derrubando cerca de 40 casas. As equipes do Corpo de Bombeiros chegaram ao local às 20h50. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, coronel Paulo Machado, disse que encontrar sobreviventes em casos como esse é mais difícil que no caso do terremoto no Haiti, onde foram encontradas pessoas vivas após 15 dias de buscas.

"Ao contrário de desastres como do Haiti, onde pessoas foram encontradas após 15 dias, em um deslizamento como este é muito difícil encontrar sobreviventes. O trabalho que estamos realizando aqui é tão intenso quanto o que realizamos em Angra. Ainda há esperanças. Enquanto houver, vamos continuar trabalhando", disse o coronel.

O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, afirmou que em casos de deslizamentos de terra, é mais difícil a formação de bolsões de ar que permitam a respiração dos soterrados por mais tempo. Assim, a tarefa de encontrar sobreviventes fica mais difícil.

Mortes por cidade

De acordo com os Bombeiros, o maior número de vítimas fatais está em Niterói (86). A cidade do Rio de Janeiro teve 51 óbitos por causa das chuvas, seguida de São Gonçalo (16). As cidades de Nilópolis, Paulo de Frontin, Petrópolis e Magé tiveram uma morte cada. A corporação afirma que não tem um balanço de desabrigados e desalojados já que as prefeituras dos municípios atingidos ainda não informaram esses dados.

Doações

A prefeitura do Rio de Janeiro indicou endereços de unidades da Guarda Municipal onde podem ser entregues doações para vítimas das chuvas. A administração municipal afirma que a intenção é arrecadar colchonetes, alimentos não-perecíveis, água, além de roupas. Os endereços são:

-Centro: no Centro Administrativo São Sebastião (sede da Prefeitura - Rua Afonso Cavalcanti, 455, Cidade Nova);

-São Cristóvão: na sede da Guarda (Avenida Pedro II, nº 111);

-Botafogo: na base operacional da GM-Rio (Rua Bambina, nº 37) ;

-Barra da Tijuca: na 4ª Inspetoria (Avenida Ayrton Senna, nº 2001);

-Madureira: na 6a Inspetoria (Rua Armando Cruz, s/nº);

-Praça Seca: na 7ª Inspetoria (Praça Barão da Taquara, nº 9);

-Lagoa: 2ª Inspetoria (Rua Professor Abelardo Lobo s/nº - embaixo do viaduto Saint Hilaire, na saída do Túnel Rebouças);

-Bangu: na 5ª Inspetoria (Rua Biarritz, s/n);

-Tijuca: na 8ª Inspetoria (Rua Conde de Bonfim, nº 267);

-Campo Grande: na 13ª Inspetoria (Rua Minas de Prata, nº 200).

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