Um terremoto de grande magnitude causou a morte de pelo menos 126 pessoas no Tibete na manhã desta terça-feira (7), horário local — noite de segunda (6) no Brasil —, segundo a agência AFP. Os tremores, incluindo réplicas, foram sentidos no oeste da China e no Nepal, próximo à fronteira. Segundo a agência Xinhua, 130 pessoas ficaram feridas, conforme informações da sede regional de socorro em desastres.
Cerca de 1,5 mil bombeiros e resgatistas foram mobilizados para buscar vítimas nos escombros, informou o Ministério da Gestão de Emergências. O número de mortos e feridos segue sendo atualizado.
O USGS registrou o terremoto com magnitude 7,1 e profundidade de 10 km, enquanto autoridades chinesas apontaram 6,8. O epicentro foi a 75 km ao norte do Monte Everest, em uma região onde o choque entre as placas tectônicas da Índia e da Eurásia gera intensa atividade sísmica.
CERCA DE MIL CASAS DANIFICADAS
A emissora estatal CCTV informou que cerca de mil residências foram danificadas e registrou 50 tremores secundários nas três horas seguintes ao terremoto. O epicentro, localizado a 380 km de Lhasa e 23 km de Shigatse, está em uma região com altitude média de 4.200 metros, segundo o Centro de Redes de Terremotos da China.
No Nepal, moradores de Katmandu, a 230 km de distância, sentiram os tremores e saíram às ruas. A área é historicamente sísmica, com 10 terremotos de magnitude acima de 6 registrados no último século. Não há informações sobre danos ou feridos na capital nepalesa até o momento.
REGIÃO DE TERREMOTOS
A região, localizada no encontro de placas tectônicas, é propensa a terremotos e abriga o Monte Everest, a montanha mais alta do mundo. Em 2015, um tremor de magnitude 7,8 deslocou o Everest em três centímetros e causou mais de 8,7 mil mortes no Nepal, incluindo 18 alpinistas. Katmandu foi uma das áreas mais afetadas no pior desastre desde os anos 1930.