Formol e restos mortais vazam de caixão em voo da Gol

Em nota, a Gol afirmou lamentar o ocorrido e disse que os clientes que tiveram suas bagagens atingidas serão ressarcidos.

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O vazamento de formol e de restos mortais de um caixão no bagageiro de um avião da Gol que pousou ontem de manhã no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), levou à apreensão de cerca de 25 malas por suspeita de contaminação.

O vazamento ocorreu na aeronave que decolou às 5h47 de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), fez escala em Campo Grande e chegou a Cumbica por volta das 10h. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que determinou a apreensão das malas, o vazamento foi constatado por técnicos do órgão no aeroporto de Campo Grande, mas a aeronave decolou para São Paulo antes de se decidir que medida seria tomada com relação ao problema.

Técnicos de Campo Grande então entraram em contato com o posto de Cumbica e comunicaram o vazamento detectado na aeronave.

A Anvisa afirmou que o risco sanitário se deve ao fato de o formol ser cancerígeno e de os restos mortais apresentarem risco de contaminação. A Gol terá de limpar as malas antes de devolvê-las. O aposentado José Adriano Pontes Ribeiro, 66, teve sua mala apreendida e reclamou do atendimento recebido da companhia aérea. "Fiquei seis horas no aeroporto, esperando para saber se iriam devolver minha bagagem." Ribeiro ainda espera receber a mala.

Em nota, a Gol afirmou lamentar o ocorrido e disse que os clientes que tiveram suas bagagens atingidas serão ressarcidos. Segundo a companhia, o vazamento ocorreu porque a funerária que transportava o corpo na aeronave não lacrou o caixão. A empresa confirmou ter sido notificada sobre o vazamento em Campo Grande, mas disse que um funcionário da Anvisa liberou o voo.

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