O sub defensor público geral, Erisvaldo Marques, durante entrevista à Rede Meio Norte, afirmou que uma Força Tarefa composta por cinco defensores públicos está analisando a situação da Penitenciária Luiz Gonzaga Rebelo, no município de Esperantina, de onde quase 100 presos fugiram nos últimos dias.
De acordo com o defensor, uma visita foi realizada no sábado (07) e os primeiros procedimentos foram tomados. “Essa Força Tarefa tem como objetivo principal verificar a situação dos presos na Penitenciária de Esperantina, após a rebelião. Primeiro a gente analisa os processos dos presos, faz um histórico da situação deles e no momento seguinte faremos atendimento no presídio”, resumiu.
Conforme o defensor, a equipe que já esteve no local constatou a precariedade da Penitenciária. “Eu participei, fui no sábado mais cinco defensores públicos e observamos que os pavilhões [da Penitenciária] ficaram totalmente destruídos", revelou.
Erisvaldo Marques é categórico ao afirmar: "O presídio não tem condições de receber nenhum preso no momento".
O defensor explica que a superlotação na Penitenciária de Esperantina continua sendo um dos maiores problemas. "No caso foi evidenciado lá, a superlotação antes da rebelião. Um presídio com capacidade em torno de 160 e que estava com 414 presos antes da rebelião", informou.
“Nós solicitamos ao secretário de Justiça, do qual tivemos a oportunidade de fazer uma reunião com ele lá em Esperantina, onde na oportunidade, além de outras reivindicações, a questão de não receber mais nenhum preso, tanto pela questão da destruição do presídio em si na parte dos pavilhões, como também em decorrência da quantidade de pessoas que o presídio pode receber", disse.
Na noite de domingo (08/10), uma nova fuga foi registrada na penitenciária, onde cerca de oito detentos conseguiram sair do local. Por conta disso, na manhã desta segunda-feira (09/1), a Prefeitura de Esperantina suspendeu as atividades de algumas pastas.