“Foi um milagre”, diz carpinteiro que caiu 36 metros e sobreviveu

Carpinteiro teve ferimentos na mandíbula e deve receber alta nesta terça (21).

Acidente aconteceu em uma obra no bairro Bigorrilho, em Curitiba | Reprodução
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O carpinteiro Everson do Espírito Santo que sobreviveu após cair de 13 andares de um prédio em construção em Curitiba, afirmou, em entrevista à RPC TV, que acredita que "foi um milagre". "Tudo ajudou um pouco, mas tenho certeza que o espírito santo também estava lá". Everson também ressaltou a importância dos tapumes de madeira, que amorteceram a queda. "Claro que isso ajudou, mas é só Deus para acontecer um milagre destes". O carpinteiro disse ainda que trabalhava na obra há um ano e sete meses e que nunca tinha sofrido um acidente durante o trabalho. "Já aconteceu de ter levado uma martelada no dedo, mas algo desse tipo foi a primeira vez".

O acidente aconteceu na manhã de segunda-feira (20), no bairro Bigorrilho enquanto ele trabalhava na obra do 21º andar do prédio.

"Eu passei por cima do fosso do elevador, o assoalho quebrou e eu comecei cair pelos tapumes até que parei no 8º andar. Os dois primeiros tapumes até senti quebrar, mas depois passei direto e nem senti mais nada. Para falar a verdade eu pensei só em Deus porque praticamente não deu nem tempo de pensar em mais nada", contou Everson. Ele conseguiu sair do 8º andar e pediu a ajuda de um outro pedreiro que estava no andar debaixo.

O rapaz teve ferimentos na mandíbula e foi levado para o Hospital Evangélico. De acordo com o hospital, até as 12h desta terça-feira ele estava em observação no pronto-socorro e deve receber alta ainda hoje.

Investigação

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que mandou equipes no local para investigar a obra e o que provocou o acidente. "Será feito um levantamento para verificar se a empresa tem o Programa de Controle do Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), que é obrigatório na construção civil. Também vamos verificar se os trabalhadores estão devidamente registrados e se usam equipamentos de segurança. O laudo será encaminhado para a Advocacia Geral da União e ao Ministério Público do Trabalho", afirmou o chefe da inspeção do trabalho Sérgio Silveira Barros.

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