“Foi a 1ª vez que pegou carro”, diz avô de garoto que atropelou 3 e matou um

Médico disse que neto pegou o carro sem permissão e saiu com amigos.

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Avô do adolescente de 14 anos que atropelou 3 pessoas e matou uma delas, o médico José Pinheiro Coelho Filho disse que, na terça-feira (26), quando ocorreu o acidente, foi a primeira vez que o neto pegou o carro e saiu de casa, sem autorização. O adolescente pegou a chave do carro e saiu com três amigos de casa para comprar refrigerante quando atropelou as vítimas que estavam na calçada, em frente a um hotel na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.

O médico contou que, na data da tragédia, estava em uma reunião do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT). "Estava na reunião quando minha esposa me ligou dizendo o que tinha acontecido. Estou muito abalado por dois motivos, pelo meu neto que está recolhido e pelos familiares da vítima que faleceu", disse. Segundo ele, quando o neto saiu de casa, a mulher estava tomando banho e não o viu pegando a chave do carro.

O carro que o garoto conduzia era da família, de acordo com o médico. "Como trabalho muito, não tenho muito tempo para minha família. Por isso, temos dois carros, para que a minha esposa dê assistência, antes aos nossos filhos, e agora aos nossos netos", afirmou. Ele disse que, como a maioria dos adolescentes, o neto tem "manias de querer tudo e defender suas opiniões". "Dizia para ele que tinha que esperar a maioridade para dirigir. Sempre o orientei para esperar o momento certo", explicou.

Porém, José Pinheiro reafirmou que o neto nunca tinha pego o carro antes disso. "Ele me disse na delegacia que saiu com os colegas para comprar refrigerante, mas ele poderia ter ido a pé", avaliou. O adolescente, que encontra-se detido na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) em Cuiabá, aguardando decisão judicial acerca da internação dele ou não, cursava a 8ª série do ensino fundamental em uma escola particular da capital.

O garoto já foi indiciado pela Polícia Civil por três crimes. Ele deverá responder judicialmente por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, lesão corporal dupla e direção perigosa, segundo a Polícia Civil.

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