Aos 45 anos, Rosenery Mello do Nascimento teve constatada morte cerebral neste sábado à noite após sofrer um aneurisma cerebral e não resistir a uma intervenção cirúrgica no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Ela ficou conhecida no mundo do futebol como a "Fogueteira do Maracanã".
Em 1989, Rosenery atirou um sinalizador no gramado durante o jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Itália. O objeto caiu próximo ao goleiro chileno Roberto Rojas, que se atirou no gramado alegando ter sido atingido.
O goleiro deixou o campo do Maracanã com um corte na região do supercílio, situação que determinou o fim do jogo aos 24min da etapa final, quando o Brasil vencia por 1 a 0. Depois das investigações, a verdade foi desvendada: Rojas simulou o corte com uma lâmina.
O caso trouxe uma série de suspensões aos chilenos, que não puderam disputar nem sequer as Eliminatórias de 1994. Rojas foi banido dos gramados ao lado do treinador Osvaldo Aravena e do médico Daniel Rodríguez. Mais tarde, o ex-goleiro voltou ao futebol na função de preparador de goleiros do São Paulo. Também houve um gancho de quatro anos a outro atleta: Fernando Astengo.
Por conta do episódio, a "Fogueteira" do Maracanã chegou até a posar nua para uma revista masculina, no fim de 1989, mas logo caiu no esquecimento. Aos 45 anos, ela deixa três filhos. Nas próximas horas, a família deve liberar a doação dos órgãos de Rosenery.