O Exército abriu investigação para apurar falha no lançamento de um foguete padrão, em Formosa (GO), nesta quarta-feira, que acabou caindo em uma plantação de soja, fora do campo de treinamento. O dispositivo, de alcance reduzido e baixa carga explosiva, apresentou um problema técnico que levou ao desvio de rota. O episódio assustou moradores da região devido à proximidade do local com um galpão de combustíveis. As informações são da CNN Brasil.
A investigação deve durar 30 dias. O incidente logo repercutiu entre políticos. O deputado José Nelto (PP-GO) afirmou que irá convidar o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o comandante do Exército, general Freire Gomes e outros representantes das Forças Armadas.
“É um míssil do Exército e não do Putin”, afirmou o parlamentar à CNN. “Caiu em uma plantação de soja e milho, perto de um galpão de combustíveis. É perto da cidade. Isso nunca tinha acontecido. Exército vai ter que vir ao Congresso dar todas as explicações”, disse o deputado federal.
O Exército admite que o acidente aconteceu com um foguete e nega que tenha iniciado lançamento de mísseis no lugar, mas informa que isso deve acontecer no futuro.
O Comando de Artilharia do Exército fica em Formosa. O local é usado para treinamentos por terra, ar e com equipamentos utilizados pelas Forças Armadas.
Nota do Exército sobre o incidente de tiro de foguete:
“Formosa – GO
Em 11 de maio de 2022.
Acerca do incidente de tiro com foguete ocorrido nesta data, o Comando de Artilharia do Exército (Cmdo Art Ex) informa que durante exercício militar do Curso de Operação do Sistema de Mísseis e Foguetes para oficiais e sargentos, um dos foguetes lançados desviou de sua rota prevista atingindo uma plantação.
Após o incidente, a equipe de instrutores e monitores, acompanhados da equipe médica do exercício, compareceu ao local do impacto, onde constatou não haver vítimas ou danos materiais.
O exercício foi planejado para ocorrer dentro dos limites do Campo de Instrução de Formosa (CIF), tendo sido adotadas todas as medidas de segurança.
O Exército Brasileiro e a AVIBRAS já estão trabalhando nas investigações.
Atenciosamente,
COMANDO DE ARTILHARIA DO EXÉRCITO”