Profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS) já visitaram 56 escolas públicas de Teresina para executar a terceira edição da Campanha de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma, que objetiva avaliar alunos de cinco a 14 anos para o diagnóstico e tratamento da hanseníase, tracoma e verminose.
“Até o momento, um caso de hanseníase foi detectado. Mas vários outros estão em suspeita e ao final da campanha, em outubro, vamos realizar um mutirão para fazer o diagnóstico”, disse o enfermeiro Salmon Alencar, da coordenação de Hanseníase da FMS.
No período de quase 10 anos, Teresina diminuiu em 50% os casos de Hanseníase. Em 2005, a FMS registrou mais de 800 casos da doença na capital, no ano de 2014 foram totalizados 440 casos. “É um avanço essa queda nos números, mas precisamos continuar a busca ativa e tratamento de novos casos que venham a surgir”, afirmou Salmon Alencar.
A campanha de verminoses, que acontece concomitantemente à de hanseníase, pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas), que causam anemia, dor abdominal e diarreia, com o uso de vermífugo preventivo. Esses parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança e do jovem.
Para o tratamento de verminoses nos escolares foram administradas doses do medicamento Albendazol 400mg. "A dose é única, não tóxica, de baixo custo e já foi utilizada em milhões de indivíduos em diversos países. Seus efeitos colaterais são raros e sem gravidade”, explicou Amariles Borba, diretora de vigilância em saúde da FMS.