O prefeito de Teresina, Firmino Filho, concedeu uma entrevista a Rede Meio Norte durante o Plantão Coronavírus na tarde deste sábado, 04 de abril, e falou sobre as atualizações das medidas tomadas na capital para tentar conter o avanço da doença. O gestor falou sobre a importância das pessoas cumprirem o isolamento social, como também a possibilidade de zerar o transporte coletivo na capital para evitar uma maior disseminação do vírus.
FRONTEIRA COM CEARÁ
"Nossa preocupação em relação a Teresina é o que está acontecendo em Fortaleza, eles têm o terceiro foco de epidemia no Brasil. Como nós temos uma relação muito forte com a cidade é importante que a gente possa fechar as fronteiras com o Ceará. O Governo do Estado tomou essas medidas na segunda feira é importante que elas estejam sendo bem operacionalizadas".
SEMANA SANTA
"Ao mesmo tempo nós temos que ter uma preocupação muito grande em relação a próxima semana que é a Semana Santa onde grande parte da população vai para o interior, a norma é não sair de ontem nós estamos, evitar sair de Teresina a saída pode ajudar a levar o vírus para as cidades do interior, eu faço esse apelo para todos os teresinenses. Nós estamos enfrentando um exército invisível e poderoso com soldados que só se multiplicam, a gente precisa ter consciência que nesse momento não existe outra alternativa a não ser o isolamento social".
NÚMEROS DA CIDADE
"Nós estamos nos antecipando a esse cenário ruim, temos que observar o mesmo que está acontecendo em São Paulo e buscar fazer a nossa parte para que não tenhamos uma ascensão rápida dessa doença, não temos cura ainda, não temos vacina ainda, enquanto isso um país com a nossa estrutura só tem uma saída. Na quarta-feira nós apertamos as medidas, colocamos a Polícia Militar nas ruas para fechar os estabelecimentos, mas precisamos aumentar ainda mais esse número, temos que chegar próximo de 73% esse isolamento nos próximos dias".
CIRCULAÇÃO DOS ÔNIBUS
'Nós temos dois cenários que estamos trabalhando, estamos fazendo experiência com o cenário 1 que é lutar para organizar as filas nos terminais de integração e nas estações de ônibus, já começamos a fazer essa experiência e vamos levar para os outros terminais, além disso vamos organizar para que os ônibus não tenham super lotação, para que eles andem apenas com as pessoas sentadas e assim evitem o contato mais próximos umas com as outras. Em relação ao outro cenário que nós temos, caso essa estratégia não funcione a outra estratégia é zerar o transporte coletivo para que não seja ele o instrumento de aproximação das pessoas. Sabemos que essa estratégia é ruim porque os trabalhadores de setores essenciais vão ser prejudicados e a gente não quer isso".