Os festejos de S?o Pedro, no Bairro Poti Velho, entra no seu antepen?ltimo dia nesta quarta-feira, 27, com organiza??o social das sociedades de barraqueiros e do Sindicato dos Pescadores e Pescadoras Artesanais de Teresina, al?m da liturgia da Par?quia de Nossa Senhora do Amparo, a primeira capela constru?da em Teresina. O festejo completa 53 anos, tendo a mesma idade da cria??o da par?quia e da primeira col?nia de pescadores.
S?o nove dias de festas, com celebra??o da novena e organiza??o de atividades paralelas que ocorrem nas barracas montadas pela comunidade. A Igreja n?o interfere nessa parte do evento, sendo respons?vel apenas pelo car?ter lit?rgico da festa, como explica Carlos Eduardo da Silva Costa, um jovem que atua nas rela?es da religi?o com os pescadores e trabalhadores do bairro.
Sendo o bairro mais antigo de Teresina, o Poti ? tamb?m o que disp?e de um calend?rio festivo mais popular, porque ? uma iniciativa de mulheres e homens pescadores. Sua marca ? patente nas atividades da festa onde s?o ofertados pratos com base no pescado resultante da atividade pesqueira. "Enquanto houver rios no Poti Velho, vamos realizar o evento de S?o Pedro", diz Francisco Jos? de Aquino, presidente do Sindicato, que promete: "Quando n?o houver mais ?gua nos rios levaremos a imagem de S?o Pedro sobre os ombros caminhando a p?".
Aquino ? um pescador de 59 anos, dos quais 46 com os p?s dentro de uma canoa ou mergulhando nas ?guas do Poti e do Parna?ba para reparar rede, tirar anz?is, jogar tarrafa. "Houve um tempo em que era pescado nessas ?guas peixe de at? 60 quilos", conta, preocupado com a situa??o das ?guas e a diminui??o do peixe.
Maria das Gra?as Gomes da Silva ? a respons?vel pela organiza??o das 41 barracas que atendem os visitantes do festejo tradicional da zona Norte de Teresina. Cada barraqueiro pagou R$ 75,00 para ter direito a vender os produtos da ?poca, como bebidas e comidas, destacando o peixe assado diretamente na brasa ou frito para ser servido com farinha, tomate, cebola e piment?o.
Os moradores mais antigos como Jos? de Pinho Carlos acompanha o festejo h? mais de 35 anos. "Quando cheguei no Poti, a festa durava nove dias e um m?s de prepara??o. Agora as coisas est?o diminuindo", explica.
As comemora?es do ?ltimo dia do festejo come?am na v?spera com a programa??o institu?da pelo Sindicato, incluindo campeonato de pesca na abertura das competi?es esportivas com a sa?da dos participantes diretamente do cais do Poti Velho. O dia 29, quinta-feira, prev? a chegada dos pescadores com a pesagem do peixe e a missa no encontro dos rios previstas para ?s 8 horas, seguindo-se campeonato de mergulho, regata feminina e masculina de canoas e almo?o de confraterniza??o dos pescadores e convidados.
A festa termina nesta sexta-feira (29), com a prociss?o fluvial, saindo do cais do Parna?ba ? altura da Pra?a da Bandeira, no Centro de Teresina, at? o Poti Velho, onde a imagem do santo ser? recepcionada pelos moradores e conduzida ? capela, onde ocorre o ?ltimo ato religioso. Ser?o quatro canoas conduzindo a imagem e os convidados. O in?cio ser? ?s 16 horas.