Para o psiquiatra, a conduta de Lázaro mostra que o foragido não se preocupa tanto em ser pego, mas faz presumir “uma condição mental alterada”. O histórico familiar conturbado do fugitivo não parece ter grande influência em seu comportamento, de acordo com o especialista.
"O núcleo familiar é apenas um dos itens que participam da composição final dos tipos de comportamentos de uma pessoa ao longo da vida. A família até pode ser um fator causador, mas não o contribuidor exclusivo do perfil comportamental", diz Ribeiro, ao reconhecer a possibilidade de uma transmissão genética de comportamentos, algo ainda estudado.
O psiquiatra forense Guido Palomba, membro emérito da Academia de Medicina de São Paulo, avalia da mesma forma. O histórico de agressões em sua família e o assassinato do irmão mostram somente, segundo Palomba, um “hereditário ruim”. "O que pode ter influenciado é o hereditário. Não existe vivência dolorosa que produza condutopatas, que as pessoas chamam de ‘monstro’. São peças de um quebra cabeça que formam uma imagem", diz.