Até 30 de abril! Feira de Livros volta para Praça do Fripisa temporariamente

Criada há mais de 20 anos, a feira de venda de livros usados faz parte da rotina do teresinense.

Criada há mais de 20 anos, a feira de venda de livros usados faz parte da rotina do teresinense. | Reprodução
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Depois do impasse em torno da localização da Feira de Livros Usados, os comerciantes se mantêm na Praça do Fripisa até o dia 30 de abril. Desde o dia 1º deste mês, eles recomeçaram suas atividades na praça.

Os meses de janeiro e fevereiro são os movimentados com as vendas. No entanto, eles frisam que o comércio é lucrativo o ano inteiro e sustenta muitas famílias. Por esta razão, os vendedores estão negociando com a Prefeitura um novo espaço para a feira.

Segundo o presidente da Associação de Vendedores de Livros Usados do Piauí (AVLU-PI), Antônio Júnior, mais de 80% dos que trabalham na feira não têm outra fonte de renda e dependem da feira para sustentar suas famílias.

"Poucos têm um emprego fora. A maioria tira seu sustento daqui", analisa.Ele conta que nesse período próximo às aulas as vendas aumentam em torno de 50% ou mais, dependendo dos dias.

Nesta época, a feira também gera mais empregos e os 280 vendedores cadastrados contratam mais funcionários e quase 400 pessoas trabalham na praça para dar conta das vendas que acontecem nos 118 estandes da feira.

Antônio Júnior reitera que o mercado de livros usados é muito forte e gera renda o ano inteiro. "A feira não funciona só com livros didáticos.

Comercializamos livros universitários, autoajuda, obras literárias... É uma espécie de sebo numa cidade que não tem tanto a tradição de sebo. Por isso, nosso objetivo principal é termos o nosso próprio espaço para acabar com esse tormento do tira e volta", reforça a necessidade um local fixo para evitar o transtorno do mês de agosto, quando os boxes foram retirados.

Criada há mais de 20 anos, a feira de venda de livros usados faz parte da rotina do teresinense, como observa a vendedora Marinalva Sousa. Para ela, a feira é a única forma de renda e ela pretende uma solução viável que comporte a loja dela e a dos colegas. "O que a gente deseja é ficar num lugarzinho só nosso. Estamos lutando por um ponto fixo", declara.

Novo espaço deve ser na área central da cidade

A população também participa deste mercado comprando e vendendo livros. A jovem Trícia Linewberg está de férias e vai cursar o terceiro ano do Ensino Médio. Na manhã de ontem, vendeu 04 livros didáticos, dois paradidáticos e o 2 livros antigos.

Ela faturou 150 reais, mas afirma que já conseguiu sair da feira com 250 reais com a venda de 06 livros. Para ela, a feira não deve acabar e deveria permanecer na praça ou então no centro. "A feira é importante e deve continuar. Aqui você consegue livros novos e se desfaz dos antigos", declara a estudante.

Uma área no centro da cidade é almejada também pelos vendedores. Todos preferem continuar na praça, mas devido a norma municipal que proíbe feiras permanentes em espaços públicos, a feira terá que ser deslocada.

Segundo o presidente da AVLU-PI, a Prefeitura, inclusive, ofereceu um galpão na Rua Paissandu. Contudo, o espaço não comportava todos os feirantes e novas propostas estão sendo estudadas.

Responsável pela busca de um novo lugar para Feira, a Secretaria de Economia Solidária de Teresina (SEMEST) garante que está dando todo suporte necessário para os comerciantes até maio.

Durante este período, a secretaria realiza estudos e negociações para obter um local fixo para a Feira. De acordo com o secretário, Olavo Braz, ainda não há nada decidido, mas afirma que a SEMEST quer viabilizar um ponto no centro.

"Estamos discutindo e estudando um novo espaço. Nada foi definido, mas estamos negociando possibilidades de apoio financeiro com agências bancárias. A ideia é que a Feira continue no centro", explica Olavo Braz.

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