A “Faxina nos Bairros” chega à sua décima etapa de atuação em busca de focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya. Neste sábado (05) operação completa 40 bairros visitados em todas as zonas da cidade.
Desta vez, o ponto de concentração será no Planalto Bela Vista, zona Sul da capital. Além disso, as equipes da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) estarão nos bairros Monte Verde (zona Norte), Planalto Ininga (zona Leste) e Bom Princípio, na zona Sudeste de Teresina.
Segundo o presidente da FMS, Francisco Pádua, as comunidades têm atendido o chamamento da Prefeitura de Teresina e feito a sua parte colocando todo o material inservível de suas residências na porta para ser recolhido pelas equipes de limpeza. “Até o momento foram recolhidas 1.880 toneladas de lixo em nove edições da faxina. Essa colaboração é fundamental para mantermos a cidade limpa e livre de focos do Aedes aegypti”, afirma o presidente.
A Faxina nos Bairros tem acontecido desde o mês de dezembro. Durante a semana, os agentes de saúde solicitam à população que depositem todo o lixo doméstico, inclusive aqueles de grande porte que estejam nos quintais com potencial de se tornar foco do mosquito. No sábado, as equipes de limpeza das SDUs percorrem a rua recolhendo todo este material.
Além disso, são utilizados drones na ação, que sobrevoam áreas de difícil acesso. São vistoriados com o drone os imóveis desabitados e aqueles em que os agentes tenham dificuldade de contato visual para saber se no local há criadouros do mosquito transmissor da doença. Paralelamente, os agentes de endemias percorrem as casas dos bairros contemplados, fazendo um trabalho de orientação sobre como combater o mosquito e evitar seus focos.
Desde dezembro do ano passado, com a assinatura do decreto de emergência sanitária pelo prefeito Firmino Filho, a Prefeitura de Teresina tem tomado novas medidas para intensificar a luta contra o mosquito. O motivo foi a descoberta de graves sequelas neurológicas relacionadas ao zika vírus em recém-nascidos, em especial a microcefalia.
E a microcefalia é apenas um dos problemas. Cientistas do Instituto Evandro Chagas, no Pará, que desenvolvem pesquisas relacionadas ao vírus, investigaram amostras de tecidos de fetos e pessoas que morreram por complicações neurológicas associadas à doença. Já foram encontradas amostras do zika em órgãos como o baço, rins, pulmões, coração e no fígado dos mortos, mas as lesões no sistema nervoso central são muito mais graves, com diminuição e destruição do cérebro.