A Farmácia Popular de Teresina, no Centro da cidade, já dispõe de fosfato de oseltamivir, remédio para tratamento da gripe H1N1. São 14 mil comprimidos à disposição da população, segundo anunciou no início da tarde desta sexta-feira, 16, o diretor da Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), Osvaldo Bonfim de Carvalho. O medicamento também será enviado para as farmácias de Bom Jesus e Parnaíba já neste fim de semana.
Para retirar o medicamento, a pessoa deve apresentar a identidade e a prescrição do medicamento emitida por médico da rede pública ou privada. A receita tem validade de cinco dias e ficará retida na unidade da Farmácia Popular. ?A receita é fundamental para evitar a automedicação, a corrida às farmácias e a venda de forma indiscriminada?, justifica o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.
?Não vai faltar remédio para a população. A Farmácia Popular é só mais uma das portas de acesso ao medicamento contra a nova gripe?, ressalta José Miguel Nascimento Júnior. O oseltmivir também pode ser encontrado em postos e hospitais definidos pelas secretarias da Saúde dos estados e do Distrito Federal. Para 2010, o Ministério da Saúde tem estoque de 21,9 milhões de tratamentos adultos e pediátricos.
O medicamento não é indicado para todo e qualquer caso de pessoa com sintoma de gripe. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, o oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com quadro de doença respiratória grave, cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas. O antiviral, segundo avaliação médica, também está indicado para tratamento de pacientes com sintomas de gripe que sejam portadores de fatores de risco, como doença crônica e gravidez. Porém, segundo a orientação do fabricante, o laboratório Roche, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.
O Ministério da Saúde alerta que as indicações de uso do medicamento se baseiam na bula, conforme seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e em estudos científicos. Prescrição e dispensação do medicamento fora das recomendações do Ministério ficam sob a responsabilidade conjunta do médico responsável pela prescrição e da autoridade de saúde local.
Criado em 2004, o Programa Farmácia Popular visa ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais. Os produtos são subsidiados pelo governo federal, que chega a arcar com 90% do valor.