Famílias temem desabamento de casas com recomeço das chuvas

Com as chuvas, vem os transtornos de famílias que moram em área de risco ou casas de taipa

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Com o recomeço das chuvas, voltam também os transtornos das famílias que moram em área de risco ou em casas de taipa. O medo de desmoronamento afeta pessoas como Maria de Fátima Coelho, moradora do Planalto Bela Vista, zona Sul de Teresina. As paredes da sua casa estão rachando e ela não tem condições de ir para outro lugar. ?Aqui pode cair em qualquer hora porque essas madeiras que seguram o barro são todas fracas?, declara Maria.

A experiência de ver as paredes da sua casa caindo foi vivida por Diane de Souza Ramos, também no Planalto Bela Vista. O fato aconteceu durante as chuvas do final do ano passado. O medo de que isso ocorra novamente fez com que o marido dela colocasse lona e sacos plásticos na parede do quarto onde o casal dorme com o filho de dois meses e o de quatro anos. ?Quando eu vejo que a chuva começou, nem durmo direito. Só penso em salvar as crianças, não quero nem saber das outras coisas dentro de casa?, declara Diane.

A mulher espera há mais de um ano pela casa que lhe foi prometida no residencial Bom Jesus. Pelas informações da Superintendência de Desenvolvimento Urbano/Sul, ela ainda terá que esperar muito tempo. Ainda estão em processo licitatório os serviços de água, luz e calçamento.

Segundo Jorgiane Carvalho, responsável pela área de habitação da SDU/Sul, o ano eleitoral deve prejudicar mais ainda a entrega das 500 moradias. ?Acredito que não dá tempo iniciar a construção das casas esse ano porque temos apenas até junho, devido as determinações da Justiça Eleitoral?, explica. O empreendimento é da prefeitura, financiado pela Caixa Econômica Federal.

Outro projeto da Prefeitura, que deve beneficiar 600 famílias, é o Morar Melhor. Ele prevê que as pessoas cadastradas ganhem uma moradia de tijolo no mesmo lugar onde havia a casa de taipa. Já foram concluídas 478 residências, 50 estão em andamento e 77 ainda esperam o início das obras. ?Esse é o caso de pessoas que desistiram de ser beneficiadas pelo projeto e tivemos que transferir para outras famílias?, explica Jorgiane.

Em outra região da Capital, a zona Norte, as lagoas é que causam preocupação às famílias. Liliane de Souza Nascimento mora entre duas delas e sempre tem a residência alagada nos períodos chuvosos. ?Faz é tempo que era pra gente se mudar para as casas do projeto Lagoas do Norte, mas até agora só teve mesmo promessa?, afirma Liliane, que mora com quatro filhos, sendo um deles ainda bebê.

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